Foram concebidos ao mesmo tempo, mas nasceram em anos diferentes. O ‘milagre' foi possível porque o pai congelou o esperma.
Em
Geddington, no Reino Unido, um jovem casal teve filhos gémeos, só que
um nasceu em Maio de 2010 e o outro em Novembro de 2012. O pai das
crianças, Richard Norman, foi diagnosticado com cancro em 2007 e decidiu
congelar o esperma, o que tornou possível este ‘milagre’.
As
crianças foram concebidas através da fertilização in vitro. Neste
procedimento são gerados pré-embriões que depois são colocados na
cavidade uterina. Charlie e Georgina são considerados gémeos, pois foram
embriões gerados ao mesmo tempo e através do mesmo esperma, que o pai
congelou quando soube que tinha cancro nos testículos. No entanto os
primeiros pré-embriões foram colocados no útero materno em setembro de
2009, de onde nasceu Charlie, e os restantes foram implantados em
janeiro de 2012, dando origem a Georgina.
Entrevistada
pelo jornal britânico ‘Daily Mail’, a senhora Norman, a mãe dos bebés,
com 33 anos de idade, comentou: "Eles são bebés idênticos, mas quando as
pessoas olham para eles não acreditam que foram concebidos ao mesmo
tempo.”
TUMOR LEVA A CONGELAR ESPERMA
Quando
em 2007, Richard Norman, na altura com 26 anos, foi diagnosticado com
um cancro nos testículos, viu a possibilidade de ser pai desaparecer.
“No início pensei que fosse um tumor inofensivo, que ia desaparecer com
antibióticos, mas algumas semanas depois de ter iniciado o tratamento
não houve melhorias. A notícia caiu como uma bomba. Nunca esperamos uma
situação destas. Foi muito difícil aceitar que eu tinha cancro”, disse
Richard Norman ao ‘Daily Mail’.
Os
médicos explicaram ao casal que a única solução para tentarem ter
filhos no futuro seria congelar o esperma de Richard, e teria de ser
feito rapidamente, pois com os tratamentos ele deixaria de ser fértil.
“Se Richard não tivesse congelado o esperma, o Charlie e a Georgina de
certeza não teriam nascido. Um ciclo de fertilização in vitro em cada
bebé, com três anos de diferença, é um resultado espectacular”,
referiu ao ‘Daily Mail’, Rahnuma Kazem, diretor e médico do CARE, centro
de fertilidade britânico.
Após
vários anos a fazer quimioterapia, Richard venceu o cancro em Abril de
2003. Poucos meses depois, ele e a mulher iniciaram o processo
de fertilização in vitro. O tratamento foi bem-sucedido e Charlie
nasceu, em maio de 2010. Em Novembro de 2012, após repetir
mesmo procedimento, o casal aumentou a família. “Eles são muito
próximos, tal comos os gémeos ‘normais’, e quando forem mais crescidos
vamos contar-lhes como foram marcantes os seus nascimentos", revela a
mãe, que acrescenta que os filhos "têm personalidades muito diferentes".
"A Georgina é mais calma e está sempre bem-disposta, já o Charlie sabe
bem o que quer”, refere
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