quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Mãe presa após tirar foto seminua com a filha

Uma mulher, na casa dos 50 anos de idade, foi detida pela polícia após tirar uma fotografia com a sua filha, de 14 anos, onde ambas surgem seminuas, numa banheira. O caso aconteceu no Missouri, Estados Unidos.

A mulher, cuja identidade não foi divulgada, pode ser condenada a um ano de prisão pelo crime de colocar em perigo o bem-estar de uma menor, escreve o site de informação brasileiro «Terra», que cita os media locais.

Na imagem, mãe e filha, adolescente, surgem numa banheira de hidromassagem exterior, cobrindo o peito. A fotografia teria sido tirada por outra filha, de 13 anos. A imagem acabou por ser divulgada através de uma aplicação de mensagens e divulgada em diversas escolas da região onde moram.

Ainda não é claro qual das adolescentes divulgou a fotografia, mas esta acabou nos telemóveis de muitas pessoas, residente no Condado de Charles, através do Snapchat.

Outro filho já terá sido ridicularizado, o liceu onde estuda, por causa da imagem.

De acordo com o procurador responsável pelo caso, Tim Lohmar, não há dúvidas de que, neste caso, «a mãe estava presente e envolvida na foto com a filha de 14 anos». Mas este vai mais longe e considera que a imagem «foi pousada e tem cariz sexual».

Já a mãe, quando foi ouvida pela polícia garantiu que «estava ciente que a fotografia tinha sido tirada e pediu, de imediato, para que esta fosse apagada». Acrescentou ainda que não pousou para a fotografia e «estava a sair da banheira».

O mistério das virgens que engravidam


Uma em cada 200 jovens norte-americanas virgens, garante que já ficou grávida

Um estudo divulgado, esta semana, pelo British Medical Journal revela que uma em cada 200 jovens norte-americanas que diz ser virgem, garante que já ficou grávida, escreve a AFP.

No estudo de longa duração, realizado entre 1995 e 2009, participaram 7.870 mulheres. A participação era confidencial. No final, 45 mulheres, 0,5% afirmou ter ficado grávida sem contato sexual a envolver penetração vaginal.

Nenhuma terá ainda referido recurso a técnicas de procriação clinicamente assistida.

Um terço destas mulheres fizeram um voto de castidade, algo comum entre os cristãos conservadores nos Estados Unidos.

As conclusões têm por base perguntas relacionadas com o histórico das gravidezes e o início das relações sexuais. Em nenhum momento terá sido colocado, de forma direta, a pergunta se eram ou não virgens, no momento em que ficaram grávidas.

De acordo com a AFP, apesar dos cuidados tomados, os investigadores admitem «falta de compreensão» em algumas perguntas. Os autores do estudo disseram ainda que também encontraram alguns «pais» virgens, por isso, o fenómeno não se limitou ao sexo feminino.

Estes resultados acabam por mostrar que não é fácil obter informações precisas sobre a vida sexual dos mais novos e que ainda há muito a fazer no âmbito da educação sexual.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Família incestuosa de 40 pessoas descoberta na Austrália


Quatro gerações de relações entre irmãos, pais e tios resultaram em várias crianças com deformações e outros problemas de saúde

Foi descoberto em Nova Gales do Sul, Austrália, aquele que pode ser o maior caso de incesto e abuso de menores de sempre registado neste país.

Quarenta pessoas, todas da mesma família, viviam num vale isolados da população mais próxima e alegadamente praticaram incesto e abuso sexual de menores durante quatro gerações.

O vale, assim como as pessoas envolvidas, não foram identificados para proteger os 12 menores encontrados.

Segundo o «Telegraph», identificados ficticiamente como a família Colt, os indivíduos eram todos familiares, à exceção de uma das crianças encontradas, e são o resultado de várias gerações incestuosas que partiu de uma relação de dois irmãos, os bisavós das crianças.

Os menores, com idades entre os 5 e os 15 anos, eram, aliás, a prova das relações incestuosas. Muitas delas apresentam vários problemas de aprendizagem, surdez e cegueira, dificuldades que levaram os agentes que descobriram o caso a realizar uma análise genética, que revelou o parentesco dos residentes do vale.

As crianças apresentavam também deformações, infeções fúngicas, problemas dentários, usavam roupas sujas e aparentavam não tomar banho. Eram poucos os que conseguiam falar corretamente, mas ainda menos os que sabiam ler, escrever ou contar. A maioria também não possuía quaisquer noções de higiene, não sabiam escovar os dentes, utilizar o papel-higiénico, ou entender o que era um banho.

As relações iam desde pai-filha, irmão-irmã, tio-sobrinha, entre outras.

A família incestuosa só foi descoberta depois de uma denúncia que alertou as autoridades para a existência de crianças no vale que não frequentavam a escola local. Quando os investigadores chegaram ao vale, depararam-se com duas caravanas, duas cabanas e várias tendas imundas, sem eletricidade, água canalizada, ou casas de banho, e onde todos residiam.

As crianças também estavam envolvidas sexualmente umas com as outras, com duas meninas, de sete e nove anos, a contarem que tinham contacto sexual com os irmãos, de 14 e 15.

Os exames genéticos revelaram que pelo menos cinco crianças eram «familiares diretos» e outras cinco «familiares muito próximos».

O caso foi descoberto há cerca de um ano, mas só agora foi divulgado pelo tribunal que entendeu que o mundo precisava de tomar conhecimento do que aconteceu.

Os responsáveis do caso voltaram dois dias depois da descoberta e levaram as 12 crianças, a 18 de julho de 2012. Desde então, já mostram algum progresso na aprendizagem e higiene.

Uma das mães mantém contacto, supervisionado, com os seus filhos, mas aparenta estar em negação da sua própria história.

Professora acusada de agredir e humilhar menino de seis anos


Agrupamento de Escolas de Silves anunciou instauração de processo disciplinar

O agrupamento de Escolas de Silves instaurou um processo disciplinar a uma professora acusada de agredir e humilhar um aluno de 6 anos, disse à agência Lusa o diretor, João Gomes, acrescentando que a docente continuará em funções.

«O processo disciplinar já foi instaurado, já há um instrutor nomeado e agora vamos aguardar pelas conclusões», afirmou o diretor do agrupamento de escola de Silves, apontando para um período de «um mês» até o processo ficar concluído.

Em causa, está uma queixa apresentada na GNR pela mãe de um aluno de 6 anos da Escola Básica 1 de Silves, na qual a professora foi acusada de ter agredido e humilhado a criança junto dos colegas, confirmou à Lusa fonte do Comando territorial de Faro dessa força de segurança.

A notícia foi esta quinta-feira avançada pelo «Correia da Manhã», que dá conta de um relato da mãe do aluno, em que a progenitora diz existir uma gravação na qual é audível a professora a bater e a humilhar a criança de seis anos.

«A professora continua em funções e o aluno foi mudado de escola para a Escola Básica 1 n.º 2 de Silves», disse ainda o diretor do agrupamento.

Questionado sobre a pena que pode ser aplicada à professora em questão, João Gomes respondeu que «isso será o instrutor que decidirá».

Menino de seis anos acusado de assédio sexual


Criança beijou mão de colega de turma e foi suspenso da escola


Um menino de 6 anos foi expulso da escola por ter beijado a mão de uma colega de turma.

«Aconteceu no clube de leitura. Estávamos todos a ler e beijei a mão dela. Eu sei que aquilo que eu fiz está errado e peço imensa desculpa», contou Hunter Yelton ao canal televisivo KRDO.

A diretora da escola qualificou o carinhoso gesto como assédio sexual e suspendeu Hunter da escola durante alguns dias.

Jennifer Saunders, mãe de Hunter, considera a posição da escola demasiada excessiva. «Eles são namoraditos. A menina estava de acordo», contou Jennifer.

«Agora o meu filho anda sempre a perguntar-me o que significa a palavra sexo. Não é uma palavra que se deveria dizer a uma criança de seis anos», acrescentou.

O caso ocorreu na cidade de Canon City, no estado de Colorado, nos Estados Unidos.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Espiões vão combater pedofilia na "net secreta


Espiões das agências secretas britânica e norte-americana vão tentar infiltrar-se na chamada "dark net", as redes secretas e anónimas da internet, à procura de pedófilos.
Os governos dos dois países querem apertar o combate à partilha de pornografia infantil entre privados, conscientes que essa troca e divulgação não se faz nos palcos mais frequentados mas nos cantos mais recônditos da internet, que ficam fora dos motores de pesquisa, e vão anunciar hoje uma estratégia de cooperação para tornar essa luta mais eficaz.
Em Portugal, as chamadas "ações encobertas" no ciberespaço, nomeadamente nesta zona profunda da internet, são uma realidade. A lei nacional permite-o e os peritos do cibercrime da Polícia Judiciária (PJ) conseguem criar os seus ""ciberespiões".
Neste caso significa, no entanto, uma maior monitorização de redes que foram criadas para proteger a privacidade dos cidadãos na internet, como a Tor, que até é financiada pelo governo norte-americano.

Jovens com baixa auto-estima praticam auto-bullying na Internet para sair do anonimato


Jovens com baixa auto-estima praticam auto-bullying na Internet para sair do anonimato

Estudos norte-americanos detectaram uma tendência crescente entre jovens: a de criar identidades falsas online que são usadas para a prática de bullying cibernético contra si mesmo. Essas pesquisas constataram que parte dos casos de ataques com críticas e abusos contra uma determinada pessoa na Internet foram cometidos pela própria vítima.

O Massachusetts Agression Reduction Centre (MARC), por exemplo, entrevistou 617 estudantes e descobriu que 9% deles tinha praticado o «autobullying» anónimo. «Pouca gente imaginava que adolescentes pudessem tentar sair do anonimato dessa forma», diz a especialista em cultura jovem e tecnologia Danah Boyd, professora-assistente em redes sociais, cultura e comunicação da Universidade de Nova Iorque e uma das primeiras a chamar atenção para o fenómeno.

Um dos exemplos é o de Ellie, nome fictício para uma adolescente que começou a praticar o «cyberbullying» contra si mesma, quando tinha apenas 15 anos. A sua história veio à tona depois de ter entrado em contacto com uma ONG britânica que lida com casos de autoflagelação, a Self Harm. Ellie permitiu que o seu caso fosse relatado pela BBC.

A adolescente criou vários perfis fictícios online, que usava para publicar mensagens abusivas nas suas páginas nas redes sociais. «Os posts diziam que eu era feia, inútil, ninguém me amava...coisas que eu achava de mim mesma. Se eu visse preto no branco, vindo de outras pessoas, saberia que devia ser verdade», contou.
Outro caso semelhante foi o de Ben, de 16 anos, que também procurou a ONG para pedir ajuda. Ele publicava perguntas pessoais com o objectivo de obter respostas negativas, perguntas como «sou atraente?». As respostas abusivas reforçavam o que ele sentia. «[Isso] convencia-me de que eu era mau como pensava, que eu não estava a imaginar», disse Ben.
Segundo a directora da ONG, Rachel Welch, o problema é recente e é preocupante. «Pode não deixar lesões visíveis, mas precisa de ser reconhecido como um risco emocional real para jovens que já têm uma visão de si mesmos muito prejudicada», afirmou.

Cinco crianças por dia são vítimas de crimes sexuais em Portugal


 
 
foto DR
Cinco crianças por dia são vítimas de crimes sexuais em Portugal
As autoridades abriram 1800 inquéritos por crimes sexuais contra menores em 2012
 
As autoridades abriram 1800 inquéritos por crimes sexuais contra menores em 2012. Desde 2005, a Polícia Judiciária deteve 1121 agressores. Os dados, da Unidade de Informação de Investigação Criminal da PJ, foram divulgados num seminário sobre criminalidade sexual organizado pela Escola daquela Polícia e que juntou académicos, investigadores, magistrados e representantes de comissões e associações.
O número de casos tem-se mantido estável ao longo dos anos, apesar de cada vez haver mais respostas, quer no combate, quer no apoio às vítimas. Uma questão que para o presidente da Comissão Nacional de Crianças e Jovens em Risco, Armando Leandro, "poderá ter a ver com a sinalização cada vez maior e a sensibilidade da comunidade".
Para o responsável, "a PJ tem feito um trabalho de grande qualidade, mas importa insistir na formação intensiva de todos os que lidam com o problema". 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Jovem tira fotos de si próprio a matar rapariga


Britânico Jamie Reynolds, de 23 anos, declara-se culpado de ter estrangulado Georgia Williams, de 17, depois de a atrair para casa dele

Um empregado de uma bomba de gasolina no Reino Unido atraiu à própria casa a filha adolescente de um detetive da polícia e tirou fotografias de si próprio a estrangulá-la até à morte. Os factos foram revelados esta terça-feira depois de o suspeito ter admitido, em tribunal, o homicídio da jovem. Georgia Williams, de 17 anos, foi sufocada até à morte depois de ter rejeitado os avanços de Jamie Reynolds, de 23, e deixado claro que não queria namorar com ele.

De acordo com o «The Telegraph», na primeira sessão do julgamento do Tribunal de Stafford, ficou a saber-se que o acusado tirou uma sequência de fotografias «antes, durante e após» o homicídio. Depois disso, o arguido levou o corpo para o Norte do País de Gales, abandonou-o na floresta e pôs-se em fuga.

Ao reconstituir os últimos passos de Georgia Williams, a polícia não só encontrou em casa do suspeito as fotografias do homicídio, como também fotos pornográficas em que Jamie Reynolds colou os rostos de outras amigas. No quarto do suspeito, as autoridades encontraram ainda um bloco-notas com fantasias sexuais que o suspeito tinha escrito sobre a vítima.

Jamie Reynolds, que inicialmente tinha negado as acusações, mudou a versão no primeiro dia do julgamento. O tribunal ouviu como Reynolds atraiu Georgia Williams a casa dele em Wellington, Telford, Shropshire, no dia 26 de maio, oferecendo-se para lhe tirar fotografias para um portfolio de moda. Mas quando a jovem lá chegou, estrangulou-a até à morte.

Na primeira sessão do julgamento ficou também a saber-se que Jamie Reynolds é viciado em pornografia extrema e fazia fotomontagens de corpos de mulheres nuas com imagens de amigas no Facebook.

Quando Georgia Williams foi dada como desaparecida, a polícia abriu uma caça ao homem em todo o país. Jamie Reynolds acabou por ser preso a 28 de maio, em Glasgow, três dias depois do desaparecimento da jovem e antes do corpo ter sido encontrado.

Jamie Reynolds arrisca agora pena de prisão perpétua. A sentença judicial vai ser lida a 19 de dezembro.

Tribunais ignoram violência doméstica nas suas decisões


A violência doméstica é ignorada pelos tribunais de família nos divórcios e regulação do poder parental, revela um relatório da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas (APMJ), que denuncia também a deficiente aplicação de medidas de coação aos agressores.
O relatório reúne as conclusões do projeto Themis, promovido pela Associação Portuguesa de Mulheres Juristas com o objetivo de dar apoio jurídico e psicológico especializado a mulheres vítimas de violência doméstica.
"Quando as mulheres se dirigem aos tribunais para tratarem do divórcio ou da regulação das responsabilidades parentais, as questões da violência doméstica são ignoradas pelos tribunais de família", disse à agência Lusa a presidente da APMJ, Maria Teresa Féria de Almeida
Segundo a presidente da APMJ, esta postura dos tribunais de família está "em discordância com a proteção que é conferida [às vítimas] pela leis penal e processual penal".
"Existe uma dissociação entre a pessoa que, sendo vítima de violência doméstica, apresenta uma queixa na polícia, recebe o estatuto de vítima e é acompanhada ao longo de todo o processo penal, e depois o processo de divórcio parece que ignora completamente este tipo de realidade", sublinhou.
Para Maria Teresa de Almeida, a violência doméstica começa logo por ser ignorada como razão para a rutura ou desavença familiar e continua a ser ignorada "aquando da regulação das responsabilidades parentais ao serem assegurados direitos de visita e, em alguns casos, até mesmo a guarda das crianças aos progenitores agressores."

Chimpanzé em busca do direito de ser pessoa jurídica


Ação em tribunal dos EUA pede «habeas corpus» para libertar primata em cativeiro

Uma organização não-governamental norte-americana, de defesa dos direitos dos animais, entrou na segunda-feira com um processo no Supremo Tribunal de Nova Iorque para que reconheça um chimpanzé como «pessoa legal». Num pedido inédito de habeas corpus para um animal não-humano, a Nonhumam Rights Project argumenta que o primata, de nome Tommy, reúne os requisitos para que lhe seja dado o direito à liberdade.

De acordo com a BBC, a interposição do processo judicial tem por objetivo libertar macacos de cativeiro. A organização pretende fazer o mesmo pedido de habeas corpus para outros três chimpanzés em cativeiro localizados no Estado de Nova Iorque. O objetivo é levá-los depois para um santuário que integra a Aliança de Santuário de Primatas Americanos.

«Pessoa» é a palavra-chave

O habeas corpus é uma figura jurídica, normalmente um direito constitucional, para assegurar que qualquer pessoa detida ilegalmente seja libertada. A palavra-chave aqui é «pessoa». Os animais não-humanos estão cada vez mais protegidos legalmente, mas o Nonhuman Rights Project quer que alguns deixem de ser considerados como coisas.

«Um ser como Tommy, que possui autonomia, auto-determinação, auto-consciência e capacidade de escolher como quer viver, deve ser reconhecido pela lei comum como "pessoa", com o direito legal à liberdade física», argumenta a ação interposta no Supremo Tribunal.

A questão, acrescenta o documento, «não é se Tommy é ou não um ser humano, e não é, mas se, tal como um ser humano, é uma "pessoa legal" perante as leis de Nova Iorque».

Se o tribunal aceitar o pedido, Tommy deixará o minúsculo cubículo onde tem vivido nos últimos anos. E ter-se-á aberto uma nova frente na evolução dos direitos dos animais. Tommy é um chimpanzé de 26 anos, enjaulado em Gloversville, no Estado de Nova Iorque.

Paralelo com os escravos do passado

Numa entrevista dada esta quarta-feira à BBC Radio 4, o jurista Steven Wise, fundador do Nonhumam Rights Project, explica que a ação judicial é o culminar de anos de trabalho e investigação em defesa dos animais. Wise traça um paralelo entre a situação de certos animais, como os grandes primatas, e a dos escravos no passado.

«Não há muito tempo, as pessoas concordavam que os escravos humanos não podiam ser pessoas legais, mas eram simplesmente propriedade dos donos», afirma.

A própria iniciativa legal agora lançada inspira-se num caso de 1772, na Inglaterra, quando um juiz aceitou um pedido de habeas corpus para um escravo foragido, que estava preso, acorrentado e pronto a ser enviado para a Jamaica para ser revendido. O juiz, Lord Mansfield, concordou com o argumento de que o escravo James Somerset não era uma «coisa» mas sim uma pessoa, e libertou-o décadas antes da abolição da escravatura na Inglaterra e nos EUA.

«A classificação de Tommy como uma "coisa legal" ao invés de uma "pessoa legal" baseia-se no objetivo ilegítimo de escravizá-lo», sustenta o pedido da Nonhumam Rights Project.

Desde 2007 que a organização tem vindo a trabalhar nos argumentos deste processo para equiparar um animal a uma pessoa. Advogados, estudantes de Direito, cientistas e outros especialistas estiveram envolvidos no trabalho. Um levantamento completo das normas e jurisprudência em cada Estado dos EUA permitiu identificar os tribunais mais recetivos a uma causa como aquela.

Só depois de escolhido o Estado em que seria interposta a ação é que se foi atrás dos animais que seriam os protagonistas. Os candidatos estavam entre os que são tidos como especialmente inteligentes, como elefantes, orcas, golfinhos ou primatas. A escolha recaiu sobre os chimpanzés, pois havia alternativas de alojamento em centros de acolhimento, caso venham a ser libertados.

Grávidas coagidas a abortar por serem portadoras do vírus da sida


Estudo revela dados preocupantes sobre discriminação nos serviços de saúde

Pelo menos cinco grávidas dizem ter sido coagidas a abortar, por parte de técnicos de saúde, por serem portadoras do vírus da sida. Os dados são revelados por um estudo levado a cabo pela Stigma Index Portugal, que inquiriu 1062 portadores do vírus VIH/Sida e que revela dados preocupantes sobre a discriminação nos serviços de saúde.

De acordo com a mesma pesquisa, cujos dados são revelados esta quinta-feira pelo jornal «Público», 45 mulheres foram pressionadas para fazer uma esterilização e 84 foram aconselhadas a não ter filhos. Os dados preocupam o coordenador do estudo e diretor do Centro Antidiscriminação (CAD), Pedro Silvério Marques. «É mais grave porque os profissionais de saúde têm a obrigação de estar mais informados», alerta.

Além destes dados, o estudo revela ainda que 8,6% dos inquiridos dizem que lhes foram recusados alguns cuidados de saúde por terem o vírus da sida. Os locais onde foram realizadas as entrevistas foram hospitais e centros hospitalares de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro.

A pesquisa incide ainda sobre a discriminação em estabelecimentos de ensino e locais de trabalho. A maior parte dos inquiridos que se queixam de algum tipo de discriminação decidiu não se queixar. «Preferiram calar-se, ou porque não acreditam no sistema ou porque não se querem expor mais», explica Pedro Silvério Marques.

Também preocupantes são os dados sobre discriminação no seio familiar e da comunidade. «Há pessoas que são postas na rua pela família, há familiares que se recusam a sentar à mesa [com infetados]», adianta Pedro Silvério Marques.

Por isso, o diretor do CAD defende melhorias na legislação antidiscriminação, incluindo um artigo sobre a discriminação em ambiente familiar ou social e abrindo a porta a transformar este crime num crime público, para que qualquer um possa denunciar situações de que tenha conhecimento ou que presencie.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

São vossas?

http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/cuecas-madeira-tribunal-holandesa-roubo-tvi24/1514325-4071.html

Obrigou irmã de 14 anos a fazer sexo em troca de 100 euros


O tribunal deu como provado que a jovem, à data de 16 anos, praticou um crime de lenocínio de menores


O Tribunal de Vara Mista do Funchal condenou esta quinta-feira um reformado e uma mulher de 20 anos a penas suspensas de prisão de dois e um ano, respetivamente, pela prática dos crimes de recurso à prostituição agravado de uma menor e lenocínio.

No despacho de pronúncia era imputado ao arguido, um homem de 62 anos, a prática de um crime de violação e dois crimes de recurso à prostituição de menores.

A outra arguida, irmã da menor, respondeu, como cúmplice, pelo crime de violação e por outro crime de lenocínio de menores.

A decisão instrutória sustentou que os dois arguidos se conheceram na rede social «Hi5» e combinaram «manter relações sexuais» a troco de dinheiro. Num dos encontros acordaram que a jovem «aliciaria a sua irmã», na altura com 14 anos e agora com 18, para manter relações sexuais com o homem.

Os três deslocaram-se a um apartamento na cidade do Funchal, onde a arguida, perante a recusa da irmã, «levou-a para o quarto e trancou-a lá dentro com o arguido, impedindo-a, assim, de fugir». No local terá ocorrido a violação e o arguido entregou depois à vítima 100 euros.

O coletivo presidido pelo juiz, Filipe Câmara, não deu como provado que os arguidos se tenham conhecido através de uma rede social, mas concluiu que a arguida «pressionou a irmã para manter relações sexuais, sexo oral», com o homem «mediante o pagamento de 100 euros».

A vítima recusou depor em julgamento e o tribunal considerou que o objetivo do arguido «foi satisfazer os seus instintos libidinosos apesar de conhecer a idade da menor», mas não deu como provado que tenha existido «recurso à força».

Por esta razão condenou-o pelo «crime de recurso à prostituição agravado» a uma pena de dois anos, suspensa e condicionada ainda ao pagamento de três mil euros à fundação Cecília Zino, em atividade na Madeira.

Quanto à outra arguida, irmã da menor, foi-lhe aplicada a pena de um ano de prisão, também suspensa, pelo crime de lenocínio de menores, «com regime de prova» visando ser apoiada, visto que à altura dos factos tinha 16 anos.

O magistrado referiu que «o relatório da vida pessoal da arguida e da irmã» permite perceber como acabaram ficando expostas a este tipo de situação e determinou ainda a «não transcrição da sentença para efeitos de trabalho».

Dirigindo-se ao arguido de 62 anos, Filipe Câmara disse: «Há idade para tudo», relata a Lusa.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Abusos no seio da família revelam perfil 'mais severo' do agressor

A maioria (51%) dos abusadores de menores são familiares das vítimas, muitas vezes os próprios pais biológicos, padrastos ou tios.Mas raramente estes agressores chegam à penetração e, em regra, não agem em conjunto com outros abusadores.
Quando um caso como este acontece, explica a psicóloga criminal da Escola da Polícia Judiciária, Cristina Soeiro, está-se perante um perfil “intra-familiar agressivo”, em que o agressor pratica abusos sexuais com um grau de violência “superior” ao comum, sobre vítimas com menos de 10 anos, e muitas vezes em conjunto com outro familiar.
“O mais comum, quando há co-autoria, é os padrastos abusarem das crianças, em conjunto e com a conivência das mães”, explica a especialista, que se refere a estes abusadores como pessoas com várias perturbações de personalidade.
“Geralmente, têm habilitações elevadas, sabem muito bem zelar pelos seus interesses e apresentam perturbações da personalidade, como a psicopatia”. Estas características tornam-nos “manipuladores” e “capazes de exercer coacção física e psicológica sobre as vítimas e outras pessoas”.
Agressores têm ‘relação disfuncional com as mães’
Dentro deste grupo, há ainda uma franja de abusadores que mantém uma “relação disfuncional” com as mães, havendo uma “simbiose de grande dependência”.
Ou seja, quando o pai abusa do filho, de apenas três anos, ao ponto de haver penetração, e na presença de outro familiar estamos perante um “perfil menos frequente e de maior nível de gravidade”.
Desde logo, pela tenra idade da vítima. “Os agressores que preferem crianças menores de 10 anos e do sexo masculino têm índices de reincidência mais elevados e geralmente sofrem de parafilias (transtorno da sexualidade), como a pedofilia”.
Quando o abuso é centrado no próprio filho, “a disfuncionalidade ainda é maior, porque não funcionaram os padrões de protecção” normais na relação entre pais e filhos. E o facto de haver penetração “denota ainda mais disfuncionalidade”, tendo em conta que o abuso de crianças com menos de dez anos “geralmente” não vai além de “actos de masturbação”.
No ano passado, segundo o Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna, a Polícia Judiciária deteve 86 suspeitos, a maioria do sexo masculino, por abuso sexual de criança e constitui arguidas outras 409 pessoas por este crime. A maioria das vítimas tem entre oito e 13 anos.
sonia.graca@sol.pt

Pai e filho detidos por rapto e violação de menor


Suspeitos raptaram adolescente de 15 anos em Quarteira


A Polícia Judiciária anunciou esta quarta-feira a detenção de dois homens, pai e filho, suspeitos de rapto e violação de uma menor de 15 anos, que estava há um mês e meio retida numa casa no Alentejo.

Em comunicado, a PJ adiantou que o caso remonta a julho, quando os detidos, de 46 e 22 anos, forçaram a adolescente a entrar num automóvel, em Quarteira, transportando-a depois para o Alentejo, onde foi violada pelo mais novo.

No dia 13 de outubro os homens voltaram a Quarteira, forçando novamente a vítima a acompanhá-los para o Alentejo, onde foi «forçada a coabitar com o violador» até à intervenção da polícia.

Os detidos vão ser presentes ao Tribunal de Loulé.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Vocalista admite ter violado bebé de um ano


Ian Watkins (destacado na frente), vocalista da banda Lostprophets, irá conhecer a sentença em dezembro
Ian Watkins (destacado na frente), vocalista da banda Lostprophets, irá conhecer a sentença em dezembro Fotografia © D.R.
Ian Watkins era acusado de 24 crimes de natureza sexual. Antes de começar o julgamento optou por dar-se como culpado em 11 das acusações, situação aceite para poupar o júri de ter de assistir a um vídeo com imagens chocantes do vocalista a abusar de um bebé de um ano.
Com tudo preparado para começar o julgamento em Cardiff (País de Gales), Ian Watkins surpreendeu admitir 11 dos 24 crimes de que era acusado. O júri já tinha sido alertado que iria analisar imagens chocantes e já estava a ser preparado apoio psicológico para os membros do júri no final do julgamento.
Segundo o The Guardian, entre as imagens está o vídeo que mostra o vocalista dos Lostprophets, de 36 anos, a abusar sexualmente de um bebé de um ano. Watkins alega que não se lembra do sucedido por nesse dia estar sob a influência de drogas. O músico admitiu ainda ter incitado através de uma conversa online (com uma webcam) uma mulher a abusar de uma criança. Outra das acusações que confessou foi ter feito imagens que mostravam abusos sexual de menores.
Duas mulheres eram também acusadas de abuso sexual de crianças e, tal como Watkins, admitiram os crimes.
O advogado de acusação, Christopher Clee, explicou que aceitou a admissão de Ian Watkins para poupar o júri do trauma de ter de assistir a um vídeo com imagens explícitas. A sentença será conhecida a 18 de dezembro.
Ian Watkins foi um dos membros fundadores no final dos anos 90 da banda galesa Lostprophets, que vendeu cerca de 3,5 milhões de álbuns, o último dos quais foi editado em abril. Há cerca de um mês a banda anunciou o seu fim, após conhecer as acusações que o vocalista enfrentava. O site da banda foi desativado devido aos muitos comentários contra Ian Watkins depois de serem conhecidas as acusações.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Comunidades ciganas estão a mudar e a culpa é das mulheres

As comunidades ciganas têm um desfasamento de cerca de 30 anos em relação à restante comunidade, mas esta realidade está a mudar, uma vez que as mulheres, que definem a cultura cigana, estão a emancipar-se.Prova disso está na realização do primeiro Encontro Nacional de Mulheres Ciganas, iniciativa que a Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural classifica como "histórica".
"É a primeira vez que as mulheres ciganas se organizam e tentam tornar-se mais visíveis", disse Rosário Farmhouse, explicando que o encontro servirá para discutir os seus problemas e desafios.
A responsável pela organização do evento e presidente da Associação para o Desenvolvimento das Mulheres Ciganas em Portugal (AMUCIP), Olga Mariano, lembra que as mulheres ciganas são "um veículo de mudança porque toda a cultura cigana assenta nos ombros das mulheres".
De uma forma geral, nas comunidades machistas, as mulheres têm um papel preponderante no legado das tradições e na resistência no privado, acrescentou Mirna Montenegro, investigadora e consultora do Instituto de Comunidades Educativas para os projectos sobre as comunidades ciganas.
"Eu acho que o que se passa com as comunidades ciganas é uma décalage de 30 anos em relação à comunidade portuguesa porque eles reflectem exactamente os mesmos vícios e maleitas que nós tivemos quando aconteceu o 25 de Abril", defendeu.
No entanto, Mirna Montenegro acredita que o caminho da emancipação da mulher cigana já está a ser feito, em parte graças à maior adesão à escolaridade.
Olga Mariano lembra que é preciso continuar a trilhar caminho, de forma a garantir que as crianças continuam os estudos. E, por isso, defende que o encontro serve também como alerta, para que as mães ciganas promovam os estudos dos seus filhos para que, "no futuro, possam ser tudo o que quiserem ser, independentemente de nunca deixarem de ser ciganos".
Não se cansa de repetir que as mulheres ciganas são o veículo da mudança, mas será que a comunidade cigana reconhece o papel da mulher? "O reconhecimento é muito subtil. Para o resto da comunidade, sem dúvida que é o homem que manda. O homem não admite que pede opinião à mulher, mas sem sombra de dúvida que a mulher tem sempre uma palavra a dar, só que é por baixo do pano", admitiu.
Rosário Farmhouse concorda que as mulheres ciganas têm um papel importante, mas muito invisível. Não deixa, no entanto, de acreditar que serão elas o motor da mudança, mas adivinha dificuldades e desafios, principalmente ao nível da igualdade de género.
"Esta noção do papel de cada um, do respeito entre cada um, da igualdade entre homens e mulheres, tem de ser mais desenvolvida dentro das comunidades ciganas", apontou a Alta Comissária, frisando que esse trabalho não é exclusivo das comunidades ciganas.
Mirna Montenegro diz que há "um equilíbrio de algum poder no silêncio", que as mulheres ciganas estão a adquirir, que aumenta consoante o nível de escolarização.
"Esse caminho está a ser feito paulatinamente, devagar, sem afrontar demasiado os poderes tradicionais, mas vai sendo feito, dentro das quatro paredes", explicou.
Olga Mariano afirma que há tradições "muito bonitas", mas não duvida que há outras que os ciganos podem "deixar pelo caminho", como impedirem as meninas ciganas de estudarem, lembrando que a maior parte das mulheres se fica pelo quarto ano de escolaridade.
Durante o encontro, a violência doméstica será outro dos temas em debate, um fenómeno sobre o qual não há dados, sabendo-se apenas que são poucas as mulheres que fazem queixa à polícia ou pedem ajuda a associações.
Lusa/SOL

Cerca de 90% dos jovens que praticaram crimes têm perturbações mentais

A esmagadora maioria dos jovens que praticam crimes sofre de perturbações mentais, segundo dados de um estudo da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e da Universidade de Coimbra.O subdirector geral da DGRSP Licínio Lima considera este dado "preocupante", porque permite concluir que as polícias e as autoridades judiciárias "são impotentes no combate ao crime juvenil".
Segundo o responsável, é fundamental que a área da saúde não se mantenha afastada deste problema da delinquência juvenil, que surge intimamente relacionados com problemas do foro mental.
"A saúde é muito mais eficaz no combate ao crime do que qualquer polícia. Se além do comportamento delinquente, o jovem sofre de perturbação mental, nenhum polícia vai resolver o problema daquela delinquência se não houver uma intervenção terapêutica", afirmou em declarações à agência Lusa.
De acordo com o estudo, que envolveu uma amostra de 210 jovens agressores num total de cerca de 260 internados em centros educativos, 90% receberam pelo menos um diagnóstico psiquiátrico, com as perturbações disruptivas do comportamento a serem as mais frequentes. Nenhum destes jovens tinha acompanhamento psiquiátrico.
Licínio Lima lamentou que a Direcção-Geral da Saúde tenha sido um parceiro ausente neste projecto, que durou três anos e foi financiado por fundos europeus, e cujos resultados vão ser detalhados num seminário que decorre quinta e sexta-feira em Lisboa.
"Se a saúde continuar a assobiar para o lado, a meter a cabeça na areia, seremos sempre incapazes de dar uma resposta eficaz no combate à delinquência juvenil. O combate à delinquência juvenil tem de ser feito em pareceria entre as autoridades judiciárias e o Serviço Nacional de Saúde. Caso contrário nunca haverá resultados positivos", afirmou o subdirector geral.
Para o responsável, o combate mais eficaz no âmbito da delinquência juvenil é o combate à reincidência, para o qual é fundamental um acompanhamento terapêutico que se debruce sobre o problema de saúde mental que afecta estes jovens.
Além dos cerca de 1.200 jovens referenciados como tendo cometido factos considerados crime, Licínio Lima acredita que há muitos outros milhares de pré-delinquentes que, não tendo acompanhamento especializado ao nível da saúde mental, irão tornar-se criminosos.
Por outro lado, o responsável da DGRSP acredita ainda que este estudo teria resultados idênticos se fosse transposto para a população prisional adulta.
Lusa/SOL

Abusa de menina num galinheiro em Vila do Conde


Predador, de 66 anos, oferecia guloseimas à criança e levava-a para locais escondidos, onde lhe fazia sexo oral. Crime ocorreu, pelo menos, três vezes.


Maria, nome fictício, de apenas cinco anos, viveu meses de horror. Sempre que estava sozinha com o senhorio dos pais, um homem de 66 anos, era alvo de abusos. Em pelo menos três ocasiões diferentes, o pedófilo ofereceu-lhe guloseimas, levou-a para locais escondidos, tirou-lhe as cuecas e fez-lhe sexo oral. Num relato chocante às
autoridades, a menina contou que numa das vezes foi atacada num galinheiro, mas que também o foi na oficina onde o predador trabalhava como serralheiro, numa freguesia de Vila do Conde.
Refere o processo, consultado pelo CM, que os abusos começaram em setembro de 2012, altura em que o casal e os quatro filhos se mudaram para uma casa que arrendaram ao pedófilo, com quem passaram a manter uma relação próxima. Aos inspetores da PJ do Porto, a menina disse que a primeira vez que foi atacada "foi antes do Pai Natal vir". Referiu ainda que o senhorio lhe pedia para nada contar porque assim "deixavam de ser amigos".
O caso foi descoberto a 21 de abril deste ano, quando o serralheiro foi a casa da família de Maria - a mãe estava na cozinha - entregar o recibo da renda. Ofereceu uma caixa de chicletes à menina e pediu para irem para o quarto dela. Aí, sentou-a na cama e começou a fazer-lhe sexo oral. Foi surpreendido pela avó da menina - que tinha chegado com os outros netos. O arguido está acusado de três crimes de abuso sexual de criança. Esteve quase dois meses na cadeia, mas a medida de coação foi alterada, em junho, para domiciliária, vigiado por pulseira eletrónica.

Director regional dos Açores acusado de pedofilia com o filho

Ex-director do Governo dos Açores é acusado de abusar do filho, em conjunto com a avó. Frederico Cardigos demitiu-se em Julho.
Frederico Cardigos, que há quatro meses deixou a pasta dos Assuntos do Mar do Governo dos Açores, está a contas com a Justiça por alegadamente ter abusado do próprio filho, de apenas quatro anos. A avó paterna, Maria Leonor Abecasis, terá sido cúmplice e co-autora dos crimes de pedofilia. Segundo o despacho de acusação do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, a que o SOL teve acesso, o antigo membro do governo regional – que em Julho, a dois meses das eleições autárquicas, pediu dispensa de funções por “motivos pessoais” – praticou actos sexuais com o filho, desde pelo menos Julho do ano passado, após a separação da mulher.
Nessa altura, já o menor passara a viver com a mãe, em Lisboa, mas visitava o pai por períodos de 15 dias, ficando ora na sua casa, na Horta (Açores), ora em casa da avó, em Lisboa.
Os abusos ter-se-ão mantido até Maio deste ano. Neste período, “em número de vezes não apurado”, o pai – que foi director regional do Ambiente no governo de Carlos César e depois dos Assuntos do Mar no actual executivo, de Vasco Cordeiro – terá molestado o filho de diversas formas, aproveitando, muitas vezes, os momentos em que a criança tomava banho.
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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Abusou três anos de menina


Arguido, de 42 anos, começou a abusar da filha da companheira quando ela tinha apenas 12. Abusos envolveram relações sexuais completas e só terminaram quando a vítima se queixou


Durante quase três anos, uma menor foi obrigada a manter relações sexuais completas com o homem a quem chamava pai. Os abusos começaram quando a menina tinha apenas 12 anos. O abusador, de 42, começou ontem a ser julgado no Tribunal de Silves, acusado de abuso sexual de criança, agravado.

O homem, que ouviu a acusação de cabeça baixa, admitiu em tribunal que o que fez "foi uma loucura que nunca devia ter acontecido". Antes do início da audiência já tinha confessado ao CM: "Sou culpado, mas estou muito arrependido."

Os abusos à filha da ex-companheira, com quem o arguido vivia numa zona rural do concelho de Silves, ocorreram entre 2009 e 2012. Nesse período, segundo o Ministério Público, o homem "obrigou a menor a ter relações com ele pelo menos uma vez por semana".

O abusador aproveitava os momentos em que a mãe da menor se ausentava de casa para trabalhar, em Silves, para manter relações sexuais com a criança, na casa onde a família vivia.

Foi a própria menina quem denunciou o caso, queixando-se dos abusos de que estava a ser vítima a uma professora da escola que frequentava. O estabelecimento alertou a Comissão de Proteção a Crianças e Jovens de Silves, e depois de uma reunião na escola com a mãe da criança – em que esta foi informada do que se estava a passar – a menina foi retirada à família.

O caso foi investigado pela Polícia Judiciária de Portimão, que acabou por confirmar as suspeitas de abuso sexual. Num primeiro momento, o arguido admitiu ter abusado da menina "uma única vez". Só mais tarde confessou ter tido relações sexuais com ela "muitas vezes". Foi apenas quando a menor se queixou que os abusos acabaram.

Crianças são arma de arremesso nos divórcios


Num divórcio, os filhos são muitas vezes armas de arremesso entre os pais. Crescem com a culpa de serem os responsáveis.


A minha mãe quer que eu me esqueça de metade de mim, disse André (nome fictício) à advogada Filomena Neto, referindo-se ao pai, de quem a mãe o escondera, impedindo o contacto. "Impressiona-me muito alguém com 15 anos andar à procura da outra metade dele. E não é o único a senti-lo, a diferença em relação aos outros é que consegue verbalizar. É de uma extrema violência um pai impedir o outro de estar com o filho."
André - e os outros - são filhos de divórcios sem mútuo consentimento. Filhos de casais em guerra aberta são muitas vezes as armas de arremesso no meio das trincheiras familiares. A lei do divórcio de 2008 facilitou a separação no papel, mas não poupou as crianças. "Este regime acabou com a roupa suja que era lavada em tribunal mas os pais começaram a aproveitar as sessões da regulação do poder paternal para se travarem de razões", explica o advogado Rui Alves Pereira, presidente da Associação A Voz da Criança.
A MÃE QUE FUGIU
André passou meses sem ver o pai, vítima de um ódio que um dia fora amor. "E o problema é que o tempo passa e cada dia o afastamento do outro progenitor é maior. Para os adultos, um ano é pouco tempo. Para alguém que tem cinco anos é um quinto da vida", remata Filomena Neto.
Rodrigo tem agora seis anos. Os pais separaram-se quando tinha dois. "As coisas começaram a correr mal quando ele nasceu porque a mãe desligou-se. Era eu que o tapava de noite, que me levantava quando o ouvia chorar. Não era viável eu e a mãe do Rodrigo continuarmos juntos. Separámo-nos e propus que ele estivesse um dia comigo e outro dia com a mãe, era a única maneira que eu tinha de garantir ao meu filho uma coisa tão básica como o banho: assim sabia que ele tomava banho dia sim, dia não", recorda Pedro, um empresário de 45 anos. Só que dois meses depois do acordo a mãe foi buscar a criança à escola num dia que era do pai. E desapareceu com o filho sem deixar rasto.
"Procurei por ele em toda a parte. Fiquei desesperado: sabia que o Rodrigo não tinha vínculo com a mãe e que dependia de mim". Sem contactos e sem saber o que fazer, Pedro acionou a regulação do poder paternal. "Dois meses depois fomos chamados a tribunal e quando lá cheguei descobri que a mãe do meu filho tinha posto um processo-crime contra mim por violência doméstica". O mundo de Pedro desmoronou. "Só voltei a ver o Rodrigo um ano depois na Segurança Social, uma vez por semana. Quando me viu depois desse tempo todo abriu a boca como que a perguntar: ‘Onde é que estiveste este tempo todo?' O meu filho esteve sequestrado pela mãe, fechado de tudo e todos". Meses depois, nova acusação: "A mãe participou à PJ que eu tinha abusado sexualmente do meu filho". Pedro foi "humilhado por uma técnica da Segurança Social. Tratava-me por ‘o pai abusador' em frente ao juiz - enquanto a mãe foi sempre ouvida como sendo a que tinha razão". Nessa altura, nas consultas do hospital, uma médica detetou que algo não estava bem com Rodrigo. O Serviço de Intervenção Precoce do Estado, também. O infantário onde entrara recentemente corroborou. O tribunal aumentou as visitas do pai a Rodrigo, por considerar que lhe faziam bem, mas a mãe voltou a desaparecer com a criança mais um ano, sem que ninguém a conseguisse localizar.
Pedro sofria cada vez mais. "Ia ao grupo de mútua ajuda da associação Igualdade Parental de 15 em 15 dias e chegou a falar em suicídio, por não aguentar não saber do filho, uma hipótese que muitos pais e mães colocam quando estão privados do contacto", explica o presidente da ONG, Ricardo Simões. "Numa página A4 com acusações infundadas destrói-se a vida de duas pessoas". Mas Rodrigo, ainda que longe, serviu de alavanca para o pai não desistir. E ainda bem. Face aos pareceres médicos e psicológicos, o tribunal decidiu pouco depois que a criança passaria uma semana com o pai e outra com a mãe. Na casa do pai, encontrou o boneco que não largava em bebé e que esteve três anos à sua espera.
"Quando estava com o pai, o Rodrigo era um menino feliz, espontâneo. Com a mãe, uma criança triste, reservada, oprimida", conta uma das técnicas que acompanhou o caso, a educadora de infância Zita Monteiro, da associação Passo a Passo - que faz desde 2012 mediação familiar e supervisão de visitas e convívios de crianças com pais por ordem do tribunal. Em fevereiro deste ano, Rodrigo foi entregue ao pai e retirado à mãe. Foi, ainda assim, proposto que a mãe fizesse visitas semanais, que ela recusou. Há seis meses que não vê o filho".
No outro dia, Rodrigo - que continua a ser acompanhado por especialistas porque o seu desenvolvimento foi comprometido pelas dificuldades nos primeiros anos de vida - disse ao pai: ‘O avô chamava-me e dizia para eu gravar no microfone que tu eras mau e que eu não queria ver-te. Dizia que se eu não dissesse ele se ia embora e não me fazia a árvore de Natal".
ALIENAÇÃO PARENTAL
Há quem chame alienação parental ao afastamento do filho de um dos progenitores, provocado pelo outro, em regra, o guardião - mas o termo não é consensual. "A imaginação humana é fértil em artimanhas, truques e outras subtilezas quando se pretende atingir um determinado fim, sem olhar a meios e sem se importar com as consequências. As motivações também são ou podem ser, muito variadas, mas, por norma, andam associadas a questões mal resolvidas da separação, a desejo de vingança e inveja", escreveu o juiz desembargador José Bernardo Domingos.
"Relembramos sempre às pessoas que não estamos a tratar do divórcio do filho, e sim do divórcio do casal. Não há divórcios para filhos e pais. Nós simplificámos o divórcio mas esquecemo-nos que por trás disso estão pessoas em sofrimento, que fazem coisas que em circunstâncias normais não fariam", acredita Filomena Neto. "As pessoas só se divorciam ao mesmo tempo no papel, porque emocionalmente há sempre um que se divorcia primeiro. E como estão em patamares diferentes entram num desequilíbrio emocional", sublinha Rui Alves Pereira. "Houve um aumento significativo dos exames sexuais a menores depois do caso Casa Pia, mas só no campo das agressões sexuais 5 a 10% são acusações falsas, desde alguém que quer prejudicar o outro em caso de divórcio a pessoas com distúrbios psiquiátricos", comenta Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.
Susana queria separar-se de José. José não queria separar-se de Susana. "Ainda assim, durante os primeiros seis meses, e dentro da má relação que tínhamos, tivemos residência alternada: uma semana os nossos filhos estavam na minha casa, na outra semana na casa do pai. Quando meti os papéis do divórcio tudo piorou. Foram de férias com o pai em agosto e não voltaram. Estive dois meses e dezasseis dias sem os ver". Susana sabe os dias de cor porque chorou em todos eles. "No dia em que não voltaram é que me apercebi que o quarto estava quase vazio: durante os seis meses em que mantivemos a residência alternada foram mudando a pouco e pouco as roupas e os brinquedos para casa do pai sem que eu me apercebesse, já estava planeado".
No primeiro dia de aulas, Susana foi até à porta da escola. "Era a única forma de saber deles. Só que quando os vi já não conhecia os meus filhos, nem sequer me falaram". Quando se encontraram em tribunal para decidir a residência, Joana, a filha mais velha, de 12 anos (são três) levou um papel na mão que leu ao juiz. "Dizia que um dia eu tinha chegado tarde para o almoço, que por isso queria ficar com o pai". Susana não queria acreditar. "Os meus filhos fizeram-me lembrar as crianças que são raptadas e se apaixonam pelo raptor, até porque sempre tive uma relação mais próxima com eles do que o pai, que era mais autoritário. Só mais tarde soube o que era alienação parental, caiu-me um prédio em cima da cabeça", explica.
A residência das crianças passou a ser a casa do pai. A casa da mãe passaram a ir de 15 em 15 dias ao domingo, só que as coisas não corriam bem. "O meu ex-marido deu-lhes instruções no sentido de funcionarem como um bloco: nos primeiros tempos iam à casa de banho juntos, estavam sempre juntos no quarto, vigiavam-se uns aos outros. Partiam o quarto todo de cada vez que vinham a minha casa e quando iam de férias mudavam todos de número de telemóvel. Aquilo que o pai lhes diz é que o traí, que destruí a nossa família". José, de cada vez que a encontra diz que as crianças não suportam a mãe, mas a verdade é que o tribunal não concorda e Susana conseguiu recentemente que eles passassem um fim de semana de 15 em 15 dias com ela e todas as quartas-feiras.
"A Joana começa a aproximar-se mais de mim só que os dois mais novos cada vez que veem dizem que vão contar ao pai. Mas já se sentam à mesa comigo, temos regras de convivência, mas ainda não recuperei os filhos que perdi há dois anos".
MÃE NÃO SE DESLOCA 20 QUILÓMETROS
Jorge (nome fictício) vive a 150 quilómetros da filha. Já está quase há um ano sem a ver. "Quando ficou desempregado deixou de ter dinheiro para ir vê-la: ou paga a pensão de alimentos ou gasta o dinheiro na viagem". Acresce que a forma mais barata do pai ir ver a filha "é de autocarro, só que como ela mora numa aldeia o transporte não vai até lá. A mãe da criança teria de se deslocar 20 quilómetros para a levar ao pai mas diz que não vai, não se flexibiliza minimamente para que o encontro com a menina aconteça", conta Ricardo Simões, da associação Igualdade Parental.
"Há muitos pais e mães que desistem a meio do caminho, porque esperam tanto tempo...Depois de tentarem tudo, com polícia, sem polícia, a baterem à porta, a telefonarem, a ir ao tribunal e nada mudar, baixam os braços. Não desistem só por si, mas também pelas crianças que assistem em sofrimento às lutas do casal e sentem que os pais se separaram por sua causa", explica Zita Monteiro, da Passo a Passo. Na associação - que funciona como último recurso no entendimento dos pais - "tenta-se que a criança veja o outro progenitor com outro olhar e que estabeleça com ele a relação que foi interrompida ou que nunca chegou a existir".
A regra é os pais não se cruzarem no espaço, que deve ser neutro e imparcial. "O não residente chega antes e já se encontra dentro do espaço quando chega o outro com a criança. Há situações em que a zanga é tão grande que à saída temos de aguardar que o primeiro carro saia, só depois de passar é que abrimos a porta ao outro. Também já tivemos de chamar a PSP para evitar agressões entre o casal". E - acrescenta Tânia Martins, assistente social na mesma associação - a maioria dos processos (neste momento têm 70) acontecem com pais de uma classe média e média alta. "Aliás, quanto mais formação académica têm, mais difícil é o processo porque as pessoas têm mais defesas, mais resistência e maior capacidade de argumentação", explica a psicóloga clínica Filipa Nogueira.
"Há situações de conflito que são temporárias e não passam de réplicas de um sismo. Depois existem situações que perduram no tempo e o amor aos filhos torna-se apenas em posse, um exercício de poder puro e duro", explica Filomena Neto. "Tive uma vez uma cliente que tinha duas filhas, uma de dois e outra de quatro anos e que não deixava, nem por decreto, o pai ver as crianças desde que ele tinha junto iniciado uma nova relação. Dizia: ‘Nem pensar que as minhas filhas possam estar com essa p***.' Um dia, ao sair do meu escritório a minha cliente é atropelada uns metros mais à frente, a atravessar a passadeira. Morreu. Com quem é que foram viver as crianças que ficaram sem mãe? Com o pai que mal conheciam, porque não viam há meses, o que dificultou o processo todo", recorda Filomena.
"Fiquei sempre a pensar que era melhor não existir vida eterna, porque se existir essa senhora nem precisava de ir para o inferno porque já lá estava. Somos muito arrogantes e arrastamos os miúdos para situações muito complicadas, a verdade é essa", conclui. O caso que mais marcou o advogado Rui Alves Pereira ainda hoje o emociona. "A minha cliente lutou até à exaustão pela filha. Raptou-a e trouxe-a para Portugal, porque estava a morrer com um cancro e queria passar os últimos dias de vida com ela. Quando o processo se resolveu finalmente em tribunal, com o pai da criança, ela morreu uma semana depois". Mas cumpriu o último desejo.
CAIXA: OS FILHOS RICOS DE MEIOS POBRES
O mediador familiar Jaime Roriz diz que os conflitos estão mais acesos porque a sociedade evoluiu. "Antigamente o trabalhador sujeitava-se ao patrão, tal como um pai que era afastado de um filho se sujeitava a isso. A consciência dos direitos fez as pessoas litigar mais". "Isso também mexeu com a noção de que os filhos pertencem à mãe; isso só não acontecia quando a mãe era marginal. Agora, o mais comum é a residência partilhada", acrescenta Filomena Neto. Hoje, o que acontece, com frequência - e que é uma violência contra as crianças - é que muitas são pobres não sei quantos dias por mês e quase ricas durante dois dias, consoante os rendimentos dos progenitores. São "os filhos ricos de meios pobres". Como é que se explica a uma criança de cinco anos que não pode levar o casaquinho vermelho de que tanto gosta porque só pode usar quando está com o pai?

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Por que deve ter cuidado com o que partilha nas redes sociais



Por que deve ter cuidado com o que partilha nas redes sociais

  • Quando partilhamos informação nas redes sociais muitas vezes esquecemos o alcance (e o impacto) que essa partilha pode ter. Um comediante mostra em vídeo o tipo de situações que permitimos ao tornarmos pública informação privada.
Jack Vale pesquisou em redes sociais os perfis de pessoas que vivem na sua zona, o que o deixou mais do que preparado para realizar a partida.
Abordando desconhecidos na rua, o homem trata as pessoas pelo primeiro nome e mostra que sabe detalhes das suas vidas privadas, como o nome do animal de estimação, o nome de familiares, datas de aniversário ou até o local de trabalho.
Nem todos os apanhados reagiram bem:
«Obrigadinho por invadires a minha privacidade», diz uma das «vítimas». «A próxima vez que fizeres isso chamo a polícia», ameaçou. «Oh não, foi só uma partida», responde Vale.
O utilizador do Google+ Mat Lai comentou «É por isto que não devemos publicar coisas sobre a nossa vida pessoal».

terça-feira, 19 de novembro de 2013

15,5% das vítimas de violência doméstica são homens

Números oficias da Direcção-geral da Administração Interna. Estudo universitário sugere que só uma minoria se afirma vítima de violência.

Das mais de 26 mil vítimas de violência doméstica em Portugal que pediram ajuda no ano passado, cerca de 15,5% são homens, segundo números oficiais da Direcção-Geral da Administração Interna, referidos nesta segunda-feira durante a apresentação de um estudo universitário sobre o tema. A psicóloga Andreia Machado, da Universidade do Minho aplicou um inquérito cujos resultados indicam que embora 70% dos inquiridos afirmem ter sido vítimas de um comportamento abusivo nos últimos 12 meses, apenas 9% deles se afirmem vítimas de violência. Ainda existe uma relutância masculina em se admitir ser vítima de violência e o preconceito social é o principal motivo.
O inquérito incidiu sobre indivíduos de sexo masculino com mais de 18 anos e com relações heterossexuais. 60% dos inquiridos admitiu ser vítima de agressões psicológicas com impacto para a sua saúde mental, mas apenas 23% procurou ajuda. Destes, 83% relatam que os profissionais das forças de segurança “nada ajudaram”. Para Andreia Machado, o estudo da violência contra os homens está no patamar em que estava o estudo da violência contra as mulheres nos anos 70. A “feminização do fenómeno e a invisibilidade de outras faces do problema” conduz a que esta seja uma violência ainda não reconhecida socialmente no nosso país. Socialmente mas não só.
A psicóloga foi uma das oradoras presentes no seminário-debate As outras faces da violência doméstica, promovido pela Associação de Apoio à Vítima (APAV). João Paiva foi uma voz activa apresentando um caso de violência doméstica, o seu. “As pessoas desatam-se a rir na nossa cara, mesmo quem está destacado na esquadra para tratar de assuntos de violência doméstica”, disse.
Para esta testemunha na primeira pessoa, quando um homem pretende apresentar queixa por violência, é quase certo que esbarra num “comportamento estranho”. Diz ser necessário lutar contra a invisibilidade e a passividade das forças de segurança e da justiça e afirma ser difícil avançar-se para formalizações de processos. A razão, no seu entender, é uma: “sou homem”.
Um quarto dos jovens agredido
A violência nos relacionamentos entre jovens foi analisada por Rosa Saavedra, assessora técnica da APAV, que citou um estudo que indica que, de 4667 estudantes do ensino secundário, profissional e universitário, 25% afirmou ter sido vítima e 30% agressor numa situação de violência entre jovens.
Para Rosa Saavedra, de uma forma geral “os jovens condenam a violência, mas tendem a desculpar”. A banalização das formas ditas “menores” de violência e a desculpabilização da agressão em determinadas circunstâncias faz com que a maioria dos jovens não procure ajuda na solução dos seus problemas, muitas vezes  por falta de conhecimento dos recursos existentes. Os jovens precisam de ter mais informação acerca dos recursos formais de apoio. Para a especialista, “bater e pontapés é considerado agressão, mas muitos jovens pensam que controlar o telemóvel não é”, o que constitui uma certeza de que é necessário haver um trabalho sobre o que caracterizou como os “níveis normativos de violência”.
“Entre duas mulheres isso não acontece”
Só muito recentemente o código penal português passou a reconhecer como violência doméstica um acto de agressão ocorrido entre pessoas do mesmo sexo. Até 2007, a invisibilidade LGBT (lésbica, gay, bissexual e transgénero) tinha contornos legais. A violência entre mulheres lésbicas foi objecto de uma campanha por parte da APAV em 2008, mas para Ana Cristina Santos, investigadora do centro de estudos sociais da Universidade de Coimbra, ainda há muito por fazer naquilo que classificou como a “dupla discriminação das mulheres lésbicas e o duplo armário de que são vítimas”.
Se já existe uma dificuldade numa relação heterossexual, esta dificuldade aumenta nas relações entre pessoas do mesmo sexo. Para a investigadora, o entender social das relações heterossexuais como a norma dificulta: “a heteronormatividade coloca as vítimas numa relação de fragilidade”, diz. Para além do estigma da agressão, a invisibilidade das relações lésbicas acentua “a opressão e o isolamento”. O envolvimento da academia, a consolidação do trabalho associativo e a formação de agentes institucionais educativos, de saúde, justiça e segurança poderá constituir a resposta necessária para pôr fim a esta dupla discriminação
Com o objectivo de proporcionar uma reflexão acerca das diferentes formas de vitimação, esta acção composta por um seminário e um debate constituiu aquilo que Catarina de Albuquerque, vice-presidente da APAV, afirmou serem “novas formas de actuação” da associação. A violência doméstica atinge todos os géneros, sexos e estratos da sociedade e é urgente lutar contra aquilo que definiu como o “amor que se transforma em controlo e medo”

Quem será a mãe da criança? Cristiano Ronaldo queixa-se de devassa da vida privada


CR7 não gostou de ver noticiado que Cristianinho tem tripla filiação, graças a duas mães mexicanas.
Ronaldo processou o Correio da Manhã e o Record por notícias relativas à filiação do filho AFP/Pierre-Philippe Marcou

Está marcado para esta quinta-feira o arranque de um julgamento que tem na sua origem um dos segredos mais bem guardados de Cristiano Ronaldo: a identidade da progenitora do filho da estrela do futebol.
Depois de muita especulação à volta do mistério, a revista Vidas do Correio da Manhã anunciou, em Agosto de 2011, a tripla filiação do rebento: Cristianinho tinha, afinal, nada menos que duas mães e um pai. Num artigo intitulado “Ama revela segredos do clã Aveiro – Conta que bebé do craque tem duas mães mexicanas”, o jornal noticiou, com base em declarações da ama da criança, como Ronaldo teria recorrido aos óvulos de uma das mulheres e à barriga da outra para se tornar pai. No dia seguinte, foi a vez de o jornal desportivo Record contar a mesma história.

Ronaldo não gostou e processou as duas publicações por devassa da vida privada. Os arguidos invocaram a nulidade da acusação, alegando que teriam revelado “tão só pretensos factos que seriam só pretensamente atinentes à vida privada” do futebolista, e não “factos que pertencem realmente ao domínio da reserva da vida privada e familiar”.

Foi pouco depois de Ronaldo ter anunciado que andava “triste” no Real Madrid, clube com o qual havia de renovar logo a seguir contrato até 2018, que o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu levar o caso a julgamento. “Estamos perante uma situação da esfera da intimidade que em circunstância alguma poderia ser invadida”, entendeu o juiz de instrução criminal encarregue do processo, criticando “o culto do sensacionalismo e do escândalo”.

Embora a esfera da vida privada das figuras públicas seja menor do que as do cidadão anónimo, os limites da vida familiar ou sexual de CR7 nunca poderiam ter sido ultrapassados sem o seu consentimento, escreve o magistrado, para quem “não interessa se os factos noticiados são verdadeiros ou falsos”.

Os jornalistas invocaram a disposição da lei de imprensa que prevê que seja o autor das declarações publicadas — neste caso, a ama de Cristianinho — o único responsável pelas mesmas, e não o órgão de comunicação social que as difundiu. O juiz de instrução criminal entendeu, porém, que a lei em causa não se aplica ao crime de devassa da vida privada, mas apenas a crimes contra a honra.

Subsiste um último problema: não foi até agora juntada aos autos nenhuma gravação da entrevista feita à ama de Cristianinho, não se tendo esta arguida disponibilizado para prestar esclarecimentos às autoridades sobre o assunto. Provar a realização da entrevista poderá, por isso, vir a revelar-se uma tarefa menos fácil, refere o despacho instrutório do processo.

Contactada pelo PÚBLICO, a direcção do Correio da Manhã não quis prestar declarações. Desconhece-se se por enquanto se Ronaldo, que será representado em tribunal pelo advogado Rui Patrício, terá de se apresentar em tribunal durante o julgamento.

Homem viola menina de 12 anos


Abusos sexuais aconteciam na casa em que ambos viviam.


Um homem, de 50 anos, foi detido depois de violar uma menina de 12 anos, de quem era familiar por afinidade. Os abusos sexuais tinham lugar na residência em que os dois viviam.
Apanhado pela Polícia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, o homem está agora em prisão preventiva.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Jovem ganha prémio por fazer sexo com muitos estudantes

Elina Desaine admite ter sexo com pelo menos três homens diferentes por semana


Uma jovem estudante de engenharia informática foi eleita a estudante mais «ousada» do Reino Unido, num concurso organizado pelo site de encontros «Shagatuni».

Como prémio, Elina Desaine ganhou 600 euros e um ano de preservativos grátis.

A jovem de 20 anos, contou ao «Daily Mail» que não se recorda dos nomes de todos os seus parceiros sexuais, até porque chega a ter mais do que três por semana, mas confessa tentar manter uma lista com as alcunhas para mais tarde relembrar.

Elina também confessou que o concurso lhe suscitou ainda mais desejo sexual.

«Os meus amigos estão preocupados com o que os meus futuros patrões poderão pensar mas eu espero que eles percebam que isto só demostra que tenho mais autoestima do que as raparigas da minha idade», salienta a estudante.

A palavra de ordem para Elina Desaine é: diversão.

Mulher asfixiou até à morte os três filhos menores




Uma mulher de 39 anos matou os três filhos menores, em França. As crianças, com dois, três e cinco anos, foram asfixiadas no apartamento em Bar-le-Duc, onde os dois mais pequenos viviam.
 
foto AFP
Mulher asfixiou até à morte os três filhos menores
Prédio de apartamentos onde as crianças foram encontradas mortas
 
Uma família de acolhimento, que cuidava da criança mais velha desde o ano passado, deu o alerta às autoridades, porque a criança, de cinco anos, não regressou após passar o fim de semana com a mãe.
De acordo com os resultados preliminares da investigação, a mulher terá matado as crianças, duas meninas e um menino, na noite de sábado. Ficou ao lado dos filhos no apartamento e não conseguiu suicidar-se, como pretenderia.
"As três crianças estavam deitadas na cama. A mãe estava sentada ao lado, com uma faca no regaço, completamente transtornada", disse à Reuters o comissário da divisão policial de Bar-le-Duc, Olivier Hédon.
A mulher, desempregada, foi colocada sobre custódia policial e deve ser presente a um juiz na terça-feira, para conhecer as eventuais medidas de coação.
 

Google e Microsoft chegam a acordo para bloquear imagens de abusos infantis

Duas empresas são responsáveis por 95% do tráfego. Medida tinha sido pedida por David Cameron, mas especialistas dizem que muitos dos conteúdos são escondidos de outras formas.
As duas maiores empresas responsáveis por motores de busca na Internet, a Google e a Microsoft, chegaram a um acordo sobre um conjunto de medidas que vão permitir tornar mais difícil o acesso a imagens de pornografia infantil online.
São cerca de 100 mil os termos que as duas empresas conseguiram identificar como estando relacionados com este tipo de material através de algoritmos criados. A partir de agora, avança a BBC, sempre que o utilizador fizer uma pesquisa por essas palavras não conseguirá obter nenhum resultado e ainda receberá um alerta de que a pesquisa de imagens relacionadas com abusos sexuais infantis é ilegal.
O motor de busca da Google e o da Microsoft, o Bing, são responsáveis por 95% do tráfego de pesquisa na Internet, pelo que a medida conjunta cobrirá a maior parte das imagens ilegais disponíveis.
Ao Daily Mail, o presidente da Google, Eric Schmidt, disse ainda que o impacto da medida será ainda maior quando “brevemente” implementarem a medida em 150 línguas diferentes. Por agora as novas regras só estão a funcionar  em inglês e em apenas 13 mil dos termos identificados é que já aparece o alerta sobre o comportamento ilegal e alguns contactos específicos onde o utilizador pode procurar ajuda sobre a sua conduta.
Apesar de defenderem este tipo de medidas, muitos dos especialistas na protecção de crianças não acreditam que tenham o alcance pretendido, explica a BBC, justificando que muitas das imagens em questão estão escondidas de outra forma e são partilhadas sem o recurso a estes servidores.
De todas as formas, o primeiro-ministro inglês, que tinha impulsionado e apelado a medidas urgentes neste sentido, já veio congratular-se com o passo, mas assegurou que ou é mesmo implementado e eficaz ou vai avançar para legislação nesse sentido.
Aliás, no final de Julho, David Cameron já tinha dito que queria que as empresas ligadas à Internet bloqueassem o acesso a imagens que mostrem abusos sexuais de crianças ou pornografia infantil. Já na altura tinha dito que, se tal não fosse feito voluntariamente, faria uma legislação sobre o tema.
“Depravadas e repugnantes” foram as palavras escolhidas por Cameron para descrever os resultados das pesquisas permitidas pelas empresas. Logo em Julho, a Google garantiu que, sempre que se depara com imagens relacionadas com pedofilia, as remove assim que possível.
Novas ferramentas em desenvolvimento
Em Junho, a Google avançou também ao Telegraph que um dos motivos para por vezes ser demorado remover as imagens que envolvem crianças é a ausência de um sistema unificado que abranja, por exemplo, Yahoo!, Microsoft, Twitter e Facebook. Por isso, a gigante tecnológica começou a trabalhar num novo programa que permitirá de forma célere a troca de informações sobre pedofilia entre sites, Governos e organizações não-governamentais.
Aproximadamente 3,75 milhões de euros foi quanto a empresa decidiu destinar aos grupos National Center for Missing and Exploited Children e Internet Watch Foundation, como a outras organizações nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e na América Latina. E cerca de 1,5 milhões de euros vão para a Child Protection Technology Fund, fundo criado com o objectivo de financiar o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que auxiliem o combate à pornografia infantil.

Instituições de acolhimento de crianças recorrem a parcerias, vendas e padrinhos para contornar a crise


Especialistas alertam para riscos de algumas estratégias que podem estar a colocar em causa os direitos das crianças.
Redução de donativos privados e falta de apoio do Estado estão a fazer com que as organizações tentem quase tudo para conseguir verbas. A parceria é um dos exemplos das formas alternativas encontradas por estas instituições para captar financiamento que permita fazer frente à dificuldades trazidas pela crise. A venda de produtos e o apadrinhamento são outras das estratégias testadas.
No entanto, este tipo de estratégias inovadoras de captação de fundos tem riscos, avisa Natália Fernandes, professora do departamento de Ciências sociais da Educação da Universidade do Minho. Desde logo porque “alimentam uma ideia de assistencialismo”. O Estado não tem aumentado os apoios a este tipo de organismos e o recurso sistemático a donativos privados “desresponsabiliza” os poderes públicos, que têm deveres para com estas crianças, avisa a especialista.
Outro perigo é o de, algumas vezes, as iniciativas chocarem com o direito à imagem e à privacidade dos menores. “Isto vale para todas as crianças, mas em crianças em acolhimento temos que ter muito mais cuidado”, aponta.
É o que terá acontecido com o programa de “apadrinhamento” de cerca de duas dezenas de crianças acolhidas na Mundos de Vida, de Famalicão. Na “loja dos Abraços”, no site da instituição, foram colocadas as fotografias dos menores, com uma pequena nota biográfica e uma lista das necessidades mais urgentes de cada um. Era então feito um apelo a particulares para que pudessem contribuir com uma verba fixa entre os 20 e 30 euros mensais, durante um determinado período de tempo.
A iniciativa causou, porém, mal-estar junto de especialistas e técnicos da Segurança Social, que fizeram chegar as críticas à instituição. Nas últimas semanas a página foi, por isso, sofrendo várias correcções. Primeiros as fotografias foram alteradas – as imagens reais dos menores mantêm-se no site, mas foram trabalhadas digitalmente de modo a assemelharem-se a uma ilustração –, as histórias pessoais reduzidas e os nomes desaparecerem, sendo substituídos apenas por iniciais.
 “Estamos sempre a fazer alterações”, comenta Manuel Araújo, da Mundos de Vida, recusando que as alterações tenham sido motivadas pelas críticas recebidas. O dirigente da IPSS assegura que os nomes que chegaram a estar no site “nunca foram reais”, ao contrário das fotografias. “O uso de fotografias de banco de imagens seria demasiado artificioso”, justifica. A ideia da instituição era criar uma campanha que fosse “sobretudo educativa”, explica e toda a campanha foi feita com o acordo dos pais das a quem estas foram retiradas. Apesar da polémica, a iniciativa foi um sucesso e, em poucas semanas, todas as crianças foram apadrinhadas, com os contributos a chegarem um pouco de todo o lado, de Famalicão aos Estados Unidos.
Trabalhar o triplo para conseguir metade
Nos últimos anos, Movimento ao Serviço da Vida, a IPSS que gere a Casa das Cores, viu os donativos privados sofrerem uma redução drástica. Mesmo mantendo o número de contribuições estável, o seu valor desceu mais de 50% e a campanha anual de angariação de fundos recolheu este ano menos 40% das verbas que no ano anterior. “Estamos a ressentir-nos da crise ao mesmo tempo que aumenta o número de solicitações”, conta a presidente da instituição, Madalena Vasconcelos.
Por isso, o organismo teve que encontrar forma de chegar a novos públicos para tentar manter a sua actividade. A parceria com o Hard Rock é disso exemplo. Os tons garridos da Casa das Cores vão percorrer as ruas da cidade de Florença no próximo domingo (24 de Novembro). Será durante a maratona daquela cidade italiana, em que uma barmaid do Hard Rock de Lisboa vai vestir uma t-shirt do centro de acolhimento de menores em risco para o promover. A participação na maratona faz parte de uma iniciativa global do “franchising” de bares, a “Hard Rock Runners”, ao abrigo da qual cada estabelecimento escolhe uma pessoa da sua equipa para correr por uma causa local. A parceria engloba também workshops de cocktails e um concerto solidário, que acontece no bar da Avenida da Liberdade, em Lisboa, na próxima quarta-feira , com a receita de bilheteira a reverter para a instituição.
Num âmbito distinto, a AMA – Associação de Amigos do Autismo, uma IPSS de Viana do Castelo, será responsável pelo renascimento do festival de Vilar de Mouros, no próximo Verão, fazendo reverter os lucros para a construção da sua nova sede, orçada em 3,5 milhões de euros. Na próxima semana (20 a 27 de Novembro), será possível praticar várias modalidades como yoga, pilates ou natação no Centro de Desporto da Universidade do Porto, em troca de duas embalagens de bens alimentares não perecíveis ou bens de higiene pessoal, que reverterão para a Associação Protectora da Criança.
Face às dificuldades “é preciso trabalhar o triplo para conseguir metade”, diz Madalena Vasconclelos, da Casa das Cores. A instituição lançou recentemente um livro infantil – “Juca, amigo guardião da Casa das Cores”, com texto de Pedro Branco e ilustração de Vera Guedes – apostando na sua venda na quadra do Natal, que se junta à gama de t-shirts que vai vendendo no seu site. Aquela instituição faz uso também de um canal no Youtube e uma página no Facebook para tentar fazer chegar a mensagem a outros públicos.
Também nisso que pensou a Ajuda de Berço, em Lisboa, quando criou a sua página na rede popular mais popular. A instituição vai enfrentando as dificuldades com os proveitos de uma campanha lançada há três anos, quando esteve na iminência de encerrar uma das suas casas de acolhimento. Hoje, os donativos são praticamente nulos e o dinheiro em caixa “só chega para enfrentar 2014”, diz Sandra Anastácio, fundadora e dirigente da instituição há 15 anos. Por isso teve que inovar. Mas a aposta no Facebook foi um fracasso. “Era bom para a marca, mas prejudicial para as crianças acolhidas”, conta. Isto porque havia quem utilizasse a página institucional para ir criticar e comentar decisões judiciais envolvendo crianças institucionalizadas e as suas famílias. “Convém ter muita cautela porque estamos a falar de crianças”, sublinha Sandra Anastácio.