sábado, 20 de abril de 2013

Novos Paradigmas?


Festas exclusivas, clubes só para casais, troca de parceiros, verdadeiras orgias sexuais onde os tabus ficam à porta. De norte a sul do País há cada vez mais locais onde o convívio entre casais é regra e não exceção. A procura de uma relação sexual sem tabus é grande, mas nem sempre acaba bem. Os constrangimentos são muitos e as relações não resistem.
"É difícil que a opção de participar nestas festas, no swing ou em orgias, seja dos dois elementos do casal. Por norma há sempre um que toma a dianteira. Na maioria dos casos é o homem, mas a mulher também tem essa iniciativa", afirma ao CM o sexólogo José Pacheco.
Para o elemento que faz a proposta, a idealização do ato sexual em festas e em troca de casais é sempre perfeita. "Numa fantasia corre tudo bem", acrescenta José Pacheco, referindo que o problema está sempre na ressaca: "Há uma enorme diferença entre fantasia e realidade. A interação com o terceiro ou quarto elemento pode ser geradora de comparações. Nesse caso há sempre alguém que sai a perder."
Para o sexólogo, a experiência diz-lhe que quando há problemas no casal a participação em festas e orgias acaba sempre mal: "A tendência é agravar esses problemas. Muitas vezes, os piores problemas até partem do elemento que fez a proposta."
Os problemas podem até começar antes da decisão estar tomada e colocada em prática. Há um conjunto grande de limitações com as quais as pessoas se debatem diariamente. "Nem todos gostamos da mesma coisa", reforça José Pacheco, para quem "a maior dificuldade dos casais é verbalizar o que se quer". 
O envelhecimento é um processo natural que altera as capacidades físicas e psicológicas, diminuindo as funções. Porém, as pessoas mais velhas não são assexuadas, têm desejo e relações sexuais, apesar de muitos pensarem o contrário devido a questões culturais, segundo o sexólogo Júlio Machado Vaz.
Ao CM o sexólogo afirmou que as pessoas mais velhas têm "relações sexuais mais completas e não do tipo de sexo puro e duro".
A satisfação sexual vai sofrendo alterações ao longo da vida, tanto para o homem como para a mulher. Estudos revelam que a mulher sente as relações sexuais mais gratificantes e satisfatórias entre os 50 e os 60 anos do que quando tinha 20 ou 30 anos.
Já o homem atinge o auge do desempenho por volta dos 20 anos, quando basta um pensamento para sentir uma ereção. Quando chega aos 40 anos ou 50 anos necessita de maiores estímulos sexuais e jogos imaginários para alcançar o desempenho sexual.
As fantasias ajudam a cimentar uma relação?
As fantasias são muito importantes para a nossa excitação sexual, podem funcionar como um motor e melhorar o desejo, mas também podem ser um ingrediente perigoso quando no casal a fantasia não é aceite pelos dois da mesma forma.
Como convencer o parceiro a realizar uma fantasia sexual?
Não se trata de convencer porque corremos o risco de estarmos com alguém que aceita a nossa fantasia apenas para nos fazer a vontade. O que fazemos no sexo deve ser um desafio a dois. Quando insistimos numa fantasia que o outro não aceita devemos pensar se valerá a pena concretizá-la. Mas não há nada como expormos o que desejamos, respeitando a intimidade e os limites do parceiro.
O que fazer para ser atraente?
Acima de tudo, importa estar bem consigo próprio e fazer o que estiver ao alcance para melhorar a sua autoestima. Estarmos bem connosco e com o nosso corpo é meio caminho para nos sentimos mais confiantes. Se nos sentirmos atrativos, seremos mais facilmente atraentes.
Ser segura demais pode dificultar uma relação?
Não creio que seja a segurança que possa dificultar uma relação, mas sim o darmos tudo como garantido, o que pode traduzir-se num grande risco. O excesso de confiança pode ser confundido.
Um piropo pode ajudar a quebrar o gelo ou existem formas mais eficazes de sedução?
Existem piropos simpáticos e outros que nos fazem querer agarrar a primeira pedra da calçada. Depende muito de quem o faz e de quem o ouve, se for original e simpático pode até tirar-nos um sorriso.

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