segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Texas: Hospital desliga ventilador de grávida em morte cerebral


Texas: Hospital desliga ventilador de grávida em morte cerebral

O hospital John Peter Smith, em Fort Worth (Texas), desligou os sistemas de apoio de vida de Marlise Munoz, de 33 anos, grávida e em morte cerebral, depois de uma resolução judicial ter dado razão à família.

O hospital anunciou que ia acatar a decisão judicial e os advogados da família, em nome do marido de Munoz, Erick, informaram que o corpo foi desligado do ventilador às 11:30 locais (17:30 em Lisboa).
Marlise estava grávida de 14 semanas, mas o feto sofria de hidrocefalia, transtorno gerado pela acumulação de água em excesso no cérebro e que, geralmente, destrói as principais funções cerebrais e pode provocar paralisia.
A família de Marlise defendeu aquela solução desde o primeiro momento, quando a antiga paramédica sofreu uma embolia cerebral e foi declarada em situação de morte cerebral. Marlise nunca se mostrou favorável à manutenção artificial da vida.
Na sexta-feira, o juiz deu razão à família, no sábado, os dirigentes do hospital debateram se iam respeitar a sentença, tendo finalmente anunciado que ia desligar os sistemas de apoio de vida, «já que isso era uma decisão familiar», disse à agência noticiosa espanhola EFE uma porta-voz hospitalar.
Como em cerca de 20 estados norte-americanos, no Texas (sudoeste), a lei proíbe que o suporte de vida seja desligado caso a doente esteja grávida.
A lei, aprovada em 1989 e modificada em 1999, estabelece que ninguém pode suspender um tratamento para manter artificialmente a vida se a doente estiver grávida.
Diário Digital com Lusa

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