quarta-feira, 13 de março de 2013

Os sem-abrigo não são seres humanos...


O advogado de defesa de dois homens acusados de terem participado no espancamento de um mendigo de 30 anos afirmou que os “sem-abrigo não são seres humanos. São cancros”.
Angel Pelluz, que representa dois dos cinco suspeitos, argumentou que as pessoas que vivem na rua “não têm trabalho na vida. São cancros da sociedade. Eu, se tenho um cancro, o médico não me põe panos quentes, tira-mo. Com isto é igual”, justificou.
Apesar de declarar a inocência dos seus clientes, o advogado defende que a existência dessas pessoas é “uma provocação” e atribui a condição de sem-abrigo e a ausência de trabalho à preguiça, classificando-as de parasitas. “A preguiça não está inscrita na Constituição (…) O não querer fazer nada, o constituir-se um parasita, provoca repulsa”, acrescentou.
O Ministério Público espanhol, que representa a acusação, explica que o ataque ao mendigo começou pelas três da manhã e que os golpes infligidos causaram um traumatismo craniano e uma hemorragia, deixando Rafael Santamaria em coma e hospitalizado durante mais de um ano e, posteriormente, com uma incapacidade de 60%, bem como com uma lesão urológica que o impede de executar qualquer actividade complexa.
A acusação sustenta, por isso, a sua estratégia num casal que testemunhou a agressão, quando passava de carro. O depoimento feito, esta quarta-feira, por um dos elementos do casal afirma que foi um grupo de pessoas de cabeça rapada que espancaram o mendigo.
O Ministério Público pede uma pena de 10 anos e uma indemnização de 300 mil euros.

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