quarta-feira, 13 de março de 2013

Orgias com crianças


O Tribunal de Anadia começou hoje a julgar dois homens, de 50 e 52 anos, suspeitos de terem abusado sexualmente de três crianças, irmãs, de 8, 9 e 11 anos.
Na primeira sessão de julgamento, que decorre à porta fechada por exclusão de publicidade, os arguidos confessaram parte dos factos que constam na acusação, disse à agência Lusa fonte ligada ao processo.
A mesma fonte relatou que o tribunal dispensou algumas testemunhas de acusação, nomeadamente o padrasto das crianças, os pais do arguido mais novo e um inspector da Polícia Judiciária.
Os menores, duas meninas e um rapaz, que actualmente se encontram institucionalizados, já foram ouvidos em declarações para memória futura.
O julgamento vai prosseguir da parte da tarde com a continuação da audição de testemunhas de acusação.
De acordo com o despacho de acusação do Ministério Público (MP), os arguidos alegadamente abusaram das crianças entre Junho e Agosto de 2011 e tentaram que o rapaz fizesse sexo com a irmã mais velha, mas este recusou.
Os crimes terão sido praticados na casa onde os arguidos residiam, em Anadia, e onde as crianças terão chegado a pernoitar durante alguns fins-de-semana.
O arguido mais novo terá ainda chegado a abusar das meninas na casa dos seus pais, em Aveiro, e na fábrica onde trabalhava como guarda-nocturno.
Segundo a acusação, os arguidos "tinham perfeita consciência da idade dos menores e quiseram manter relações de natureza sexual com eles, a fim de satisfazerem os seus instintos libidinosos, abusando da tenra idade dos mesmos, e aproveitando a relação de confiança que tinham criado com aqueles".
Para desinibir as crianças e levá-las a praticarem consigo actos de natureza sexual, os arguidos terão obrigaram os menores a ingerir bebidas alcoólicas, a fumar tabaco e a assistir a filmes pornográficos.
Os dois presumíveis abusadores obrigaram ainda as meninas a vestir cuecas de fio dental e meias de mulher, que haviam comprado para o efeito.
Os dois arguidos estão acusados de 14 crimes de abuso sexual de crianças, dois dos quais na forma tentada.
O arguido mais novo, que reponde por nove crimes, está em prisão preventiva, enquanto o seu cúmplice se encontra em prisão domiciliária, com pulseira electrónica.

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