Uma organização britânica de defesa das crianças na Internet afirma que as fotos sensuais trocadas entre os mais jovens estão na mira de redes de pedofilia. Hackers cientes da prática buscam essas imagens partilhadas via Facebook, Snapchat e outros, e passam-nas para administradores de sites virados para a pornografia infantil.
A informação foi divulgada na segunda-feira pela IWF (Internet Watch Foundation), durante um encontro com o ministro britânico Damian Green (responsável por uma área intitulada polícia, justiça criminal e vítimas).A fundação afirmou que, em 47 horas de trabalho, encontrou 12.224 fotos ou vídeos de conteúdo sexual produzidas por menores de idade e partilhadas pela Internet (em muitos casos, de forma privada).
Daqueles arquivos, 10.776 foram posteriormente identificados em sites designados de «parasitas», criados especialmente para divulgar conteúdo pedófilo.
«Em alguns casos, as fotos recolhidas no Facebook e Snapchat são agrupadas em pacotes e vendidas aos pedófilos. As autoridades alertam ser muito difícil remover esse conteúdo, que pode ficar online para sempre», refere o site Daily Mail.
A recolha desse material está mais fácil, pois utilizadores muito jovens têm aderido ao sexting (partilha por telemóvel de textos ou imagens de cunho sexual).
Quatro em cada 10 professores britânicos dizem estar cientes de que os seus alunos aderiram à prática.
Segundo a IWF, os jovens que enviam esse conteúdo para os seus namorados ou namoradas não acreditam que o conteúdo possa espalhar-se. Segundo Susie Hargreaves, directora-executiva da fundação, esse público precisa entender que está a expôr-se a um nível absurdo de risco.
A falsa sensação de segurança pode estar ligada ao uso de ferramentas de privacidade e também ao aplicativo Snapchat, que apaga uma imagem 10 segundos após a sua exibição.
No entanto, é possível capturar essa foto durante a exibição na tela, invalidando assim o seu principal recurso de privacidade.
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