Agredia companheira a soco e pontapé. Atirava-lhe vasos e pratos e queimou-a com líquido.
Durante
mais de duas décadas, José, de 62 anos, humilhou e espancou a mulher e a
filha. Agredia-as violentamente, ameaçava-as com facas e chegou a
provocar queimaduras à mulher. Desesperadas, mãe e filha - hoje a jovem
tem 27 anos - tentaram fugir ao agressor e passaram a viver sozinhas, em
Santa Maria da Feira. Mas José não as deixou em paz. Continuou a
persegui-las e a proferir várias ameaças de morte.
O
homem acabou por ser detido em outubro de 2011. Foi julgado e condenado
a uma pena de cinco anos e meio de cadeia. O Tribunal da Relação do
Porto retirou agora seis meses ao castigo de prisão, por entender que o
arguido não deveria ter sido condenado por um crime de dano, relativo a
supostos estragos causados na casa das vítimas, já numa altura em que
tinham residência afastada do agressor.
Apesar de
ver a punição reduzida, José, que continua a ter de cumprir prisão
efetiva por maus tratos, violência doméstica, violação de domicílio e
detenção de arma proibida (espeto de metal de 30 centímetros), tem ainda
de pagar uma indemnização de dez mil euros.
José
e a mulher foram casados durante 25 anos. O arguido, que atualmente
está em prisão preventiva, sempre foi violento. Atacava com muita
frequência a mulher a soco e pontapé e arremessava-lhe os objetos que
tivesse à mão, tais como vasos e pratos.
A vítima
chegou a ser por duas vezes hospitalizada, mas nunca apresentou queixa,
uma vez que o marido a ameaçava. A filha presenciou agressões desde os
cinco anos. Também ela começou a ser insultada.
À medida que foi crescendo, a jovem tentou enfrentar o pai, mas acabou por também ser alvo de violentas agressões.
O
arguido, que era dono de uma empresa de transporte de mercadorias, foi
preso pela GNR após mais uma situação de violência na casa das vítimas.
Na altura ficou proibido de se aproximar das familiares. Durante o
julgamento, José nunca se mostrou arrependido.
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