quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Bebé nasce 3 meses após a morte da mãe


Menina nasceu às 37 semanas e está bem. A mãe ainda salvou mais quatro pessoas depois de morte, através da doação de órgãos

É um verdadeiro bebé milagre. Pela primeira vez, uma criança conseguiu nascer no termo da gestação três meses após a morte da mãe. A menina húngara nasceu após ter sido declarada a morte cerebral da mãe, vítima de um derrame.

A mulher morreu grávida de 15 semanas, mas a equipa médica conseguiu manter o corpo a «funcionar», apenas como incubadora da filha, permitindo que o feto se desenvolvesse e sobrevivesse «cá fora». A partir das 20 semanas de gestação, altura em que os bebés já ouvem, as enfermeiras começaram «a falar com a barriga» e o pai e a avó iam ao hospital com frequência, acariciar a barriga e «falar» com a criança.

Apesar de todos os riscos, a menina agarrou-se à vida até atingir a maturidade às 37 semanas e, nessa altura, a equipa médica achou que estava na altura de submeter o corpo da mulher em morte cerebral a uma cesariana. Estávamos em julho e hoje, passados mais de três meses, a menina já recebeu alta e está bem, segundo a Europa Press.

Este caso tem, no entanto, levantado questões éticas, legais e até económicas. Depois da cesariana, as máquinas foram desligadas. A mulher morta deu vida a uma criança e salvou mais quatro pessoas, através da doação dos órgãos. Manter o corpo daquela mulher morta a trabalhar custou ao Estado húngaro cerca de sete mil euros.

3 comentários:

  1. Eu já tenho 35 anos, casado e pai de dois filhos, incrivel quando não se verifica o que atras referi, temos uma outra forma de ver as coisas, ate de falar sobre algunas assuntos e basta olhar para a minha profissão, sou guarda prisional e já me deparei com o que há de pior na pessoa humana, seja com alguem que está a "ressacar" e se automutila, seja as piores atrocidades que alguns fazem aos outros, ou até então o facto de encontrar alguem que por não conseguir lidar ou aguentar as diversas pressões a que está sujeito e resolve pôr termo á sua vida, são sempre situações que de alguma forma nos põem á prova e que no meu caso me fazem pensar, pensar não naquela pessoa que está ali á minha frente, mas naqueles que são pais, avós, tios, irmãos, como lidam com isto? de que forma se "protegem"?eu já contei isto alguma vezes, não muitas, uma vez em razão da minha profissão, fomos chamados para ir a tribunal, buscar um recluso, que tinha acabado de saber qual era a sua pena pelo crime de violação que o mesmo tinha cometido, não está em causa o crime, mas sim o facto de que quando vamos a colocar o recluso na carrinha celular, a advogada do recluso pediu se nós não se importavamos de que os pais se despedissem dele, ao que acedemos sem qualquer reserva, mas o que depois aconteceu, mudou a minha forma de ver as coisas e agora que sou pai melhor compreendo aquilo que presenciei, foi incrivel ver duas pessoas a despedirem-se do filho que tinha feito uma atrocidade daquelas, mas eles, apesar disso estiveram sempre ao lado dele, pai é pai, por isso ao ver este caso de que se prolongou uma "vida" tentando que outra se criasse, acho incrivel o que a medicina consegue, e imagino a felicidade daquele pai e avô, quando puderam ter ali nos seus braços uma continuação daquela vida/pessoa que já não se encontrava junto deles.

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  2. É incrível o avanço da Medicina. Sem dúvida que nos faz pensar na vida! Mas pergunto-me eu, o que é 7 mil euros para a salvação de 5 pessoas ?


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