segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Para especular...

Em uma aula inaugural florentina de alguns anos atrás eu quis colocar-me ao lado do homem comum com suas peremptórias desconfianças com relação ao direito, declarando  explicitamente que com ele concordava: é que aos seus olhos o direito se apresentava sempre sob as vestes potestativa e sancionatória do juiz, do oficial de polícia, do exator de um imposto; é que ele sempre se dava conta da existência do direito somente no momento da violação,
isto é, no seu muito vistoso momento patológico, enquanto era difícil percebê-lo na fisiologia social, no desenvolvimento da sua vida cotidiana, embora incrustrada de manhã à noite por uma infinidade de atos jurídicos.

Paolo Grossi, "A formação do jurista e a exigência de um hodierno repensamento epistemológico" e foi publicado em Língua Portuguesa na Revista da Faculdade de Direito a Universidade Federal do Paraná, Curitiba, n.º 40 (2004), pp. 5-25, com tradução de Ricardo Marcelo Fonseca.


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