quinta-feira, 23 de setembro de 2010

As praxes!

Nunca achei piada às praxes: não "praxei" e quase não fui pranchado! Sinceramente acho todo o ritual uma coisa uma bocado parva! Mas admito que seja o peso da idade a falar e que se tivesse outra vez 18 anos achasse as praxes quase tão boas como o sexo, com a vantagem de durar muitissimo mais!
Vou defender sempre as praxes, mesmo sem gostar! Porque felizmente a sociedade é muito mais divertida que os meus gostos pessoais, porque com a mesma indignação que condeno os abusos, reconheço que a esmagadora maioria das praxes são brincadeiras tolas, muitas vezes divertidas, que não fazem mal a ninguém!
Defendo os praxes, porque as praxes podem ser e são muito mais do que pintar criaturas e faze-las gritar ou brincadeiras de cariz erótico-badalhoco: as praxes também são actos de cidadania - como limpar uma mata ou ajudar no cantinho dos animais -, porque as praxes podem ser visitas guiadas aos monumentos da cidade que recebe os estudantes, uma peça de teatro ou outros eventos que a imaginação ofereça!
Mas sobretudo e acima de tudo, defendo as praxes, porque ao longo dos anos ganhei, mais que a convicção, a certeza absoluta, que as praxes aproximam os estudantes novos dos mais velhos, que são uma excelente forma de integração, porque ao longo dos anos colecciono vivências de amizades sólidas que foram geradas entre caloiros e veteranos: e amizades que fica para a vida!
Dito isto, veteranos, tenham juízo nas praxes e nada de abusos! Divirtam-se, mas protejam-se e não se esqueçam que não faltam invejosos, ressabiados e frustrados sempre disponíveis para os atacarem ao primeiros deslize!
Tenham muito juízo...para que os possa continuar a defender!

Um comentário:

  1. A minha posição sobre este assunto é que admitindo a realização da "praxe", considero que esta não deve ter perversidade nem humilhação, deve antes integrar e ser pedagógica, por exemplo, explicar o funcionamento da Universidade, informar onde são os serviços e equipamentos de apoio aos alunos, ter uma dimensão de convívio e aproximação, ou seja, quase tudo aquilo por que nunca é falada apesar de existir até num número considerável de casos.
    Mas depois há o outro lado da praxe, o lado negativo, e esse é invariavelmente todos os anos notícia pelas piores razões porque ofende, rebaixa, humilha e envergonha alunos e cidadãos.

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