No Facebook "perde-se o controlo " dos amigos verdadeiros

Estarão os adolescentes a deixar o Facebook? Um estudo publicado pela "iStrategy", no mês passado, diz que sim. O número de utilizadores entre os 13 e os 17 anos caiu, apenas nos EUA, cerca de 25%.

 

José Duarte Paiva

 

Mas será que a queda reforça a tese dos investigadores da universidade norte-americana de Princeton que prevê o fim da rede criada por Mark Zuckerberg? Ninguém tem a resposta, mas um dado ganha consistência: os mais novos deixam o Facebook para os pais.
"Não me incomodam, mas é preciso ter cuidado com o que se publica ou partilha", diz José Duarte Paiva, um estudante de 15 anos, quando questionado pelo JN sobre a presença dos pais no Facebook.
Certo é que hoje este aluno do Colégio de Gaia já não tem o mesmo entusiasmo pela rede que utiliza há três anos. Atento ao Instagram, aplicação que tem crescido entre os mais novos, José Duarte Paiva explica que no Facebook "perde-se o controlo do número de 'amigos', que realmente são nossos amigos".
Este estudante de gestão desportiva também não gosta do compromisso de estar sempre ligado. "É quase uma obrigação. Se não estiveres lá, é como se não existisses. Mas, no fundo, não estás em contacto com ninguém", explica.
Mesmo assim, José Duarte confessa que, depois de ter cancelado há duas semanas a conta no Facebook, teve uma recaída e voltou à rede porque sentiu falta do frenesim das mensagens.