segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Centro Internet Segura realiza mais de 600 acções em todo o país


Perto de 50 mil pessoas participam em mais 600 acções de sensibilização sobre a "utilização segura da Internet" que decorrem este mês em escolas, bibliotecas, autarquias e instituições para assinalar o Dia Europeu da Internet Mais Segura.As acções de sensibilização, que começam na terça-feira, Dia Europeu da Internet Mais Segura, e que se prolongam até 28 de Fevereiro, são promovidas pelo Centro Internet Segura, que se junta a mais de 100 países em seis continentes para celebrar a efeméride, que tem este ano como tema "Juntos vamos criar uma Internet melhor".
"Estas actividades têm como propósito sensibilizar a população, em especial jovens e crianças, para beneficiar em segurança das oportunidades oferecidas pela Internet", adiantou o Centro Europeu Internet Segura, projecto coordenado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador do centro afirmou que há riscos na internet, "como existem em todo o lado", mas o "grande, grande risco" é as pessoas não utilizarem a internet em seu benefício.
"Não devemos ter medo da internet, devemos é estar cientes dos riscos e utilizá-la de uma forma sensata", disse Nuno Moreira.
Para uma utilização mais segura, os internautas deverão ter sempre o computador apetrechado com antivírus e fazer actualizações.
"Se cada dia saem cerca de 300 novos vírus em 'malware' e não fazemos actualizações, o nosso computador está exposto a esse factor multiplicado pelo número de dias" sem actualizações, explicou Nuno Moreira.
Mas, para Nuno Moreira, "o aspecto comportamental" dos utilizadores "é o mais importante".
O Centro Internet Segura faz "um grande investimento na questão da prevenção, porque as tecnologias evoluem de forma muito rápida, mas os comportamentos não evoluem à mesma velocidade", Sublinhou.
O especialista deu como exemplo um smartphone: "Na nave espacial Apolo XI, que era operada por cientistas, existia menos tecnologia do que existe num smartphone" e que "é um computador na mão de uma criança".
"A internet é um espaço público, onde as coisas se podem multiplicar a uma velocidade enorme", disse o especialista em segurança na internet, lembrando ainda que há outra questão que tem de estar sempre presente: "O que entra na Internet fica lá para sempre".
Para um comportamento mais seguro das crianças e dos jovens, Nuno Moreira aconselhou os pais a manterem a comunicação com os filhos e "não se desvincularem".
Uma pessoa que tem 40 anos e está pouco à vontade com as tecnologias pensa: 'Eu não posso dizer nada porque eles sabem mais do que eu', mas "isso não é exactamente assim".
"Os jovens são nativos digitais e do ponto de vista tecnológico têm uma facilidade que os adultos não têm, mas na questão da maturidade continuam a ser crianças e jovens", comentou.
Nuno Moreira lembrou que os pais têm toda a informação e recursos para "todos os riscos que existem na internet" no portal www.internetsegura.pt.
"Os pais não precisam de ser utilizadores de uma rede social, precisam é de saber o que é uma rede social", na qual os filhos não se devem expor, nem tornar pública informação pessoal sem pensarem primeiro no que estão a fazer, adiantou.
"Isto são coisas básicas porque de facto há que ter cuidado com os desconhecidos, porque a internet é um local sem face, onde nós podemos ser o que quisermos ser", alertou.
Lusa/SOL

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