Há
adolescentes que estão 24 horas por dia ligados à internet, o que
dificulta o controlo do uso que fazem do mundo virtual por parte dos
pais. O alerta é de Cristina Ponte, professora da Universidade Nova de
Lisboa, que está a participar num estudo inédito sobre o acesso e uso da
net através dos smartphones. Para isso, estão a ser feitas
entrevistas a 500 adolescentes de todo o país, com idades entre os 9 e
os 16 anos. “Hoje em dia, não faz sentido perguntar se vão à net e
quantas vezes. Os adolescentes passaram a estar na rede a toda a hora”,
explica ao SOL aquela especialista, acrescentando que os resultados do
trabalho deverão ser divulgados ainda este ano.
O trabalho está
também ser desenvolvido em outros seis países (Reino Unido, Dinamarca,
Roménia, Itália, Bélgica e Irlanda) tendo no caso português o apoio
financeiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia. O objectivo do
projecto, intitulado 'Net Children Go Mobile', é apurar de que forma os
novos telemóveis mudaram o acesso dos jovens à internet e descobrir os
novos riscos.
Certo é, diz a autora, que os rapazes continuam a
preferir os jogos e as raparigas as redes sociais, onde colocam
fotografias. “São mais emotivas na net”, diz Cristina Ponte, revelando
ainda que o Facebook corre o risco de ser destronado do primeiro lugar
no que se refere à rede mais usada pelos portugueses. Isto porque no
Reino Unidos, onde ja há resultados do estudo, estes mostram que os
jovens estão a preferir o Twiter.
Catarina.guerreiro@sol.pt
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