Depois, pensando que Bruna Pinto, 19 anos, estava morta, foi a casa
buscar uma pá para a enterrar. Quando regressou ao local, arrastou o
corpo da estudante 140 metros, para uma zona erma. Ao perceber que
aquela ainda respirava, pegou de novo na pá e desferiu-lhe um golpe na
cara, que lhe causou morte imediata. Ricardo Pacheco, 19 anos, está
acusado de um crime de homicídio qualificado.
O caso remonta à
noite de 15 de setembro do ano passado - após um jantar entre os dois e
em que Ricardo tentou reatar o namoro com cerca de três anos. "A relação
sempre foi pautada por ciúmes, por controlo e obsessão do arguido que
tudo fazia para manter contacto com a vítima", refere a acusação do
Ministério Público (MP) de Santo Tirso.
No final da refeição,
Ricardo disse a Bruna que lhe tinha preparado uma surpresa. Porém,
discutiram novamente. Depois de empurrar a vítima - que embateu com a
cabeça num muro e ficou inconsciente no chão, a sangrar - Ricardo pôs-se
em cima do corpo dela.
"Levantou-lhe a cabeça e o tronco e
colocou-lhe os braços à volta do pescoço, apertando-o. Agiu com frieza
de ânimo", diz o MP. Já com a pá, o arguido começou a cavar um buraco
numa zona de terra batida, com o objetivo de a enterrar. Depois do golpe
final com a pá, Ricardo percebeu que era impossível abrir uma cova com a
dimensão do corpo da vítima e decidiu, então, camuflar o corpo daquela
com vegetação - junto a uma ribanceira.
No fim, espalhou as
pulseiras, brincos e anéis de Bruna à volta do cemitério. Quando a
família da rapariga lhe ligou, Ricardo disse que não sabia onde ela
estava e até ajudou nas buscas. O corpo da jovem foi recuperado três
dias após o crime.
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