Segundo a Polícia Judiciária (PJ), tinham uma relação de
conflitualidade permanente, com ocorrência de vários episódios de
violência doméstica, nos quais a mulher era constantemente agredida. Na
terça-feira à noite ele foi detido. Suspeita-se de que tenha assassinado
a mulher grávida de oito meses.
O crime ocorreu na casa
onde ambos residiam, na zona da Ameixoeira, na madrugada de terça-feira.
Ele tem 34 anos, ela tinha 35. O suspeito vai nesta quarta-feira a
tribunal para um primeiro interrogatório judicial. Segundo o Correio da Manhã, o homem matou a mulher, que tinha o parto marcado para o dia 5 de Abril, à frente de um sobrinho de dez anos.
"De
acordo com o que foi possível apurar, eles tinham muitas discussões.
Algo se passou na cabeça dele e agrediu-a com gravidade até provocar a
morte. Utilizou desde um banco até um garfo para a agredir. A vítima
tinha muitas lesões na cabeça e no pescoço", referiu fonte policial
citada pela Lusa.
No ano passado, e até Novembro, foram mortas
pelo menos 36 mulheres às mãos daqueles com quem ainda mantinham uma
relação, fosse ela de casamento, união de facto, namoro ou outro tipo
relação de intimidade. Em alguns casos, o homicida foi o ex-marido ou
ex-companheiro. No ano anterior tinham sido 27, segundo o Observatório
de Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativa e Resposta
(UMAR), uma organização não-governamental. O grupo etário que registou
mais homicídios foi o das vítimas com idades compreendidas entre os 36 e
os 50 anos de idade. A UMAR ainda não disponibilizou no seu site dados mais actualizados.
O
Relatório Anual de Segurança Interna divulgado esta semana revela que
as participações de violência doméstica diminuíram em 2012 (cerca de
6%), continuando a ser, ainda assim, dos crimes mais participados (mais
de 8% do total), com 22.247 casos.
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