Não
sabe explicar porque o fazia. Abusava da menina e batia-lhe com paus,
vassouras e cintos. Medo impôs silêncio durante três anos. Fica na
cadeia.
Ana,
nome fictício, foi espancada e violada pelo pai durante três anos. A
menina vivia aterrorizada, mas nunca contou o sofrimento por que
passava. O pedreiro, de 40 anos, batia-lhe: esbofeteava-a, dava-lhe
pontapés, atacava-a com paus, vassouras ou mesmo com um cinto.
A
frequência dos abusos e a violência utilizada chocaram os
investigadores da Polícia Judiciária (PJ) do Porto. Assim como a falta
de respostas do homem, que não consegue explicar porque o fazia. Diz
apenas porque sim, porque ela, a sua filha, era sua propriedade.
Ana
tem agora 15 anos e denunciou o pai à diretora de turma. Fê-lo quando
aquele exigiu que trouxesse uma amiga para casa. Queria também poder
abusar de outras menores, de meninas que fossem do círculo escolar de
Ana. A filha ganhou coragem e acabou por enfrentá-lo.
O
pedreiro, que não tem cadastro, tem outros dois filhos rapazes a quem
nunca terá infligido qualquer agressão. A mulher também garante que
desconhecia os abusos e a violência. A menina calava-se, temia que o pai
a matasse. Nunca ninguém se apercebeu da situação. Segundo o relato da
vítima, desde os 12 anos que as violações eram praticamente diárias. Era
obrigada a experimentar todas as taras sexuais do progenitor. Algumas
vezes, o pai dava-lhe dinheiro, dizia que era o pagamento pelo
"serviço".
Os crimes ocorreram numa freguesia
urbana de Matosinhos e o homem foi ontem levado ao Tribunal de Instrução
Criminal do Porto. Foi para a prisão.Fonte:
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