quarta-feira, 31 de julho de 2013

Pornografia cria complexos nos jovens


Sexóloga Marta Crawford revela que muitos dos casos que trata no consultório são consequência de se ter assistido demasiado cedo a conteúdos para adultos.

Só os adultos têm capacidade psicossexual para ver pornografia. As crianças e jovens, segundo a sexóloga Marta Crawford, não podem ter acesso a este tipo de conteúdos. Assistir a pornografia antes de iniciar a vida sexual pode provocar graves complexos na vida adulta.
A sexóloga Marta Crawford revela que muitos dos problemas que lhe aparecem todos os dias no consultório são consequência de se ter visto pornografia demasiado cedo.
“Nos rapazes acontece muito acharem que têm o pénis pequeno, por exemplo. Ao verem pornografia ficam com a ideia de que têm de ter uma performance sexual muito boa, o que lhes dá uma interpretação da sexualidade muito distorcida”, explica Marta Crawford ao CM.
Como esconder a pornografia das crianças
Para evitar que os filhos tenham problemas na sua vida sexual durante a idade adulta são várias as medidas que os pais não podem deixar de lado. Marta Crawford aconselha a que não se tenha canais pornográficos em casa ou, quando se faz questão de ter, que estejam codificados para que crianças e jovens não acedam aos mesmos.
“Nos computadores deve-se pôr em prática o ‘parental control’ [controlo parental]. Os pais têm de estar atentos e não achar que não vão ver só porque são seus filhos. A pornografia é mais rudimentar e animalesca do que um ato sexual normal”, acrescenta a sexóloga

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Multinacionais da Internet acusadas de "estarem a alimentar os serviços secretos"




O presidente da Fundação Europeia para o Software Livre acusou, no passado domingo, em Espanha, a Google e o Facebook de "sem aviso prévio, estarem a alimentar os serviços secretos".
 

Multinacionais da Internet acusadas de "estarem a alimentar os serviços secretos"
Karsten Gerloff prevê o fim do Facebook em três anos
 
"Para a Google e para o Facebook, somos produtos e não clientes", disse Karsten Gerloff, presidente da Fundação Europeia para o Software Livre (FSFE). De acordo com o "El Mundo", o presidente alertou, no Euskar Encounter, em Biscaia, Espanha, para o uso indevido e sem pedido prévio de informações pessoais para "alimentar os serviços secretos".
As críticas foram duras e dirigiram-se também a outras multinacionais. "Algumas corporações roubam a nossa informação. Damos-lhes os nossos dados porque pensamos que os vão proteger", afirmou.
Qualificando a situação como uma "traição" aos utilizadores, Gerloff acusou as várias empresas de terem criado "estruturas de controlo". "O Facebook define quem somos, o Amazon oferece o que queremos e a Google determina o que pensamos", defende.
Como exemplo, presidente da FSFE aponta a "entrega de informação confidencial sobre os seus clientes ao governo chinês.
Quanto ao futuro, Gerloff salienta a necessidade de as empresas se reinventarem. "Se a Google quer sobreviver a longo prazo, terá de se reinventar. A Microsoft não o fez, por isso, considero que vá desaparecer dentro de cinco a dez anos", disse.
Karsten Gerloff prevê uma menor durabilidade para o Facebook - a rede social poderá desaparecer em três anos. "Aconteceu com o MySpace e vai voltar a acontecer", assegura.

FBI resgata 105 crianças de uma rede de exploração sexual




A polícia federal norte-americana, o FBI, anunciou o resgate de 105 crianças que se encontravam envolvidas numa rede de exploração sexual. A operação decorreu em 76 cidades norte-americanas. Veja o vídeo oficial da operação.

A maioria das vítimas tinha idades compreendidas entre 13 e 16 anos. A mais nova tem 9 anos.
Segundo o porta voz do centro Nacional de Menores Desaparecidos e Explorados, John Ryan, as crianças estavam em casas, onde ninguém cuidava deles e onde decorriam os abusos.
O desmantelamento da rede resultou também na detenção de 150 pessoas envolvidas à rede, entre proxenetas e clientes.
Estas 105 crianças e adolescentes fazem parte dos quase três mil menores que, desde 2001, o FBI já resgatou de redes de prostituição infantil.

Ver o video aqui!

terça-feira, 30 de julho de 2013

Mãe oferece brinquedo sexual a filho menor


Jovem celebrava 16 anos


Um aniversariante, com apenas 16 anos, recebeu como prenda de aniversário da mãe um brinquedo sexual.

O jovem fez questão de registar em vídeo o momento em que a mãe se dirigiu a uma loja especializada de produtos sexuais, enquanto esperou no carro pela surpresa, afirmando que esta foi uma decisão da progenitora, como forma de preparar o filho para as futuras relações sexuais.

«Ela vai comprar-me uma vagina portátil. Acha que eu não consigo mulheres, mas está errada», comentou o rapaz no vídeo partilhado no seu canal do YouTube.

Depois da compra, a mulher entrou na viatura e começou a dar detalhes sobre o funcionamento do «brinquedo», bem como das instruções de limpeza do produto.

«Aqui está o lubrificante, depois de lavar com água e sabão, aplica este pó»,explicou a mãe do aniversariante.

O vídeo já conta com mais de 75 mil visualizações desde a sua publicação.

Fonte:

Mães tiram menos tempo de licença


Há cada vez mais mulheres a gozar o tempo mínimo previsto para a licença de maternidade: 42 dias. E cada vez mais mães partilham a licença com os pais. Aliás, é isso mesmo que fará Assunção Cristas – a primeira ministra na história do país (e apenas a terceira da UE) a tornar-se mãe em pleno exercício de funções, com a tutela da Agricultura e do Mar.Segundo dados da Segurança Social, a que o SOL teve acesso, nos últimos cinco anos, o número de mães trabalhadoras a ficar em casa apenas 42 dias após o parto quase duplicou: só nos primeiros seis meses deste ano, 245 mulheres optaram por esta licença mais curta, quase tantas como em todo o ano de 2008. O fenómeno intensificou-se a partir de 2010, ano em que quase meio milhar de mães ficou em casa com os filhos apenas seis semanas.
A par desta situação, verificou-se também um aumento do número de pais que substituem as mães, ficando eles em casa. Este ano, por exemplo, e apenas até Junho, já 704 homens ocuparam o lugar das progenitoras – um número muito superior ao verificado nos 12 meses de 2008, em que 590 o fizeram. Foi a partir de 2009 que mais homens começaram a ficar sozinhos com os filhos (1290). A grande parte opta por estar quatro meses e receber o ordenado por inteiro.
Licenças partilhadas dispararam
Devido às alterações à lei, tem aumentado também a quantidade de licenças partilhadas entre os dois progenitores. Em 2009, ano em que foi introduzida essa opção, 6591 famílias aderiram à ideia.
Um número largamente ultrapassado só nos primeiros seis meses deste ano, em que a Segurança Social já atribuiu 8569 licenças partilhadas. Estas podem durar quatro ou cinco meses, tendo depois um bónus de mais um mês. Ou seja, o apoio social é dado durante cinco ou seis meses, sendo o último a escolha da maioria dos casais.
Mães devem ficar quatro meses
A verdade é que a opção de diminuir o tempo dispensado para estar com os filhos ou fazer-se substituir pelo pai não é pacífica: uns consideram que as mães devem ficar o máximo de tempo com os bebés, outros defendem a liberdade de escolha da mulher. Outros ainda lembram as dificuldades económicas do país que forçam as famílias a não poder abdicar do trabalho.
"Idealmente a licença de maternidade deveria ser pelo menos de quatro meses ou mais se a alternativa for creche", defende Maria do Céu Machado, directora do serviço de Pediatria do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Para a médica, mesmo no caso em que a licença é partilhada, a mãe deve ficar com o recém-nascido os primeiros três a quatro meses: "Por causa da amamentação e porque é mais difícil lidar com um bebé nos primeiros meses".
O pediatra Libério Ribeiro tem a mesma opinião. "A mãe deve ficar entre quatro a seis meses com o bebé, pois isso traz vantagens psicológicas, nutricionais e imunológicas", diz o clínico, considerando que uma criança amamentada com leite da mãe é muito mais resistente a gastroenterites e doenças infecciosas.
Já o pediatra Mário Cordeiro é um defensor acérrimo da licença partilhada. "Os pais deveriam ter dois meses em conjunto – os dois primeiros. Quando pensamos que uma pessoa trabalha 40 anos, 12 meses, e nas vantagens pessoais e sociais de construir pessoas emocionalmente equilibradas e estáveis, não seriam esses meses que perturbavam os 480 meses que trabalhamos ao longo de uma vida", diz.
E o médico Gomes Pedro considera que tem de se analisar caso a caso: "Não se pode ser simplista na avaliação do tempo que as mães devem ficar em casa. Depende muito da rede que está estabelecida". Para o pediatra, neste momento de crise, o período que a mãe pode disponibilizar para o filho depende da vulnerabilidade do emprego existente em cada lar, No entanto, também defende que, idealmente, a mãe deve estar o maior tempo possível com o bebé.
Aliás, é isso mesmo, políticas sociais mais protectoras da maternidade, que reivindicam as associações de defesa dos direitos das mulheres. "As licenças em Portugal são bastante inferiores a países como Inglaterra ou como a Alemanha", nota Regina Marques, do Movimento Democrático de Mulheres (MDM), considerando que, além disso, no país há uma forte pressão sobre as mães: "Há muitos casos em que os contratos, quando uma mulher engravida, não são renovados, e isto num contexto em que o trabalho é vital para as famílias".
Para a responsável da MDM, o facto de mulheres como Assunção Cristas gozarem licenças mais curtas tem alguns riscos: "Esperamos que não sirva aos patrões para pressionar as mulheres para voltarem mais cedo ao trabalho", alerta, acrescentando: "A ministra é uma excepção porque dispõe de meios que lhe permitem escolher o tempo e a forma como quer gozar a licença".
Também Ana Cansado, da União de Mulheres Alternativa e Resposta – UMAR, o facto de Assunção Cristas optar por menos tempo de licença de maternidade é "um mau exemplo para a generalidade das mulheres".
"Os estudos comprovam que o tempo passado entre a mãe e o bebé é muito importante. E em Portugal, as mulheres adiam ainda a maternidade para não perderem prestígio nas suas carreiras", lembra a activista.
Mais governantes deram à luz em funções
Catarina Vaz Pinto, vereadora da Câmara de Lisboa, que ficou grávida quando era Secretária de Estado da Cultura, em 1998, admite que as mulheres que ocupam certos cargos políticos têm mais poder para gerir o tempo, mas também maior responsabilidade de voltar mais cedo ao trabalho pelo lugar que ocupam.
Só gozou um mês e meio de licença, mas na sua opinião, as outras mulheres não devem regressar tão cedo. Para ela, é urgente que se lancem medidas para facilitar a possibilidade de as pessoas terem filhos e manterem a actividade laboral. Uma das soluções, lembra, seria a criação de locais para os bebés «nas empresas e instituições públicas». Vaz Pinto lembra o caso de um casal que conhece em que a mãe, advogada, teve de gozar a licença mínima, ficando o pai, funcionário público, em casa com as crianças: «Apesar de tudo, o sistema público é mais favorável ao gozo das licenças de parentalidade».
Não é só em Portugal que esta questão divide opiniões. Em Espanha, a ministra da Defesa Charme Chacón causou polémica, em 2007, ao tornar-se a primeira governante no país grávida em funções. Em Janeiro de 2009, também a ministra da Justiça francesa, Rachida Dati, chocou o país ao regressar ao trabalho apenas cinco dias após o parto.
sonia.balasteiro@sol.pt

Ohio reconhece casamento de casal gay para que possam ser enterrados juntos


Estado norte-americano proíbe casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Mas juiz decidiu reconhecer união realizada em Maryland, visto que um dos elementos do casal está a morrer.
O casamento foi realizado a 11 de Julho no aeroporto de Maryland Reuters/arquivo

Um juiz do estado norte-americano do Ohio decidiu reconhecer um casamento homossexual realizado numa outra zona dos Estados Unidos onde a lei já existe, abrindo uma excepção visto que um dos elementos do casal está quase a morrer e quer garantir que um dia possam vir a ser enterrados juntos.
No Ohio o casamento entre pessoas do mesmo sexo continua a ser impedido pela Constituição. Por isso, James Obergefell e John Arthur, juntos há 20 anos, decidiram casar neste mês em Maryland, conta o Washington Post.
A decisão foi tomada depois de se saber que resta muito pouco tempo de vida a John Arthur, a quem foi diagnosticada em 2011 uma esclerose lateral amiotrófica – uma doença degenerativa em que as células do sistema nervoso vão morrendo e o doente vai perdendo o movimento dos músculos.
Há apenas um mês, com a ajuda financeira de familiares e amigos, o casal viu a sua relação juridicamente reconhecida no aeroporto de Maryland, para onde viajaram num jacto particular com todo o equipamento médico necessário, visto que Arthur tem estado internado. O casamento foi celebrado no aeroporto e no mesmo dia regressaram ao Ohio, diz também o Washington Post.
O juiz federal Timothy Black, perante a esperança de vida de apenas algumas semanas, considerou que se justificava a abertura de uma excepção, justificando que caso o casamento não fosse reconhecido o casal veria violados alguns dos direitos previstos na Constituição dos Estados Unidos.
Além disso, segundo o magistrado, o Ohio deve reconhecer casamentos entre pessoas do mesmo sexo desde que tenham sido realizados em zonas onde são permitidos. E criticou que neste estado continuem a existir interpretações diferentes que levem a discriminações, condenando também que não se possam ainda realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo no Ohio.
Com a decisão judicial, John Arthur garante que o seu desejo de que um dia James Obergefell venha a ser enterrado no mesmo sítio seja concretizado. Isto porque Arthur será enterrado no jazigo da sua família mas as regras do cemitério só permitem que descendentes ou cônjuges tenham direito a serem sepultados no mesmo local.
“Este é um caso particularmente trágico e comovente”, disse Taylor, citado pela AFP, acrescentando que “mostra a todos, não apenas àqueles que são gays” o “grau de compromisso revelado por muitos casais gay e o seu desejo de tomarem conta uns dos outros nas piores alturas das suas vidas”.

vítima de crime informático que acabou acusada de pornografia infantil


Jay Matthew Riley foi vítima de chantagem através de um programa informático malicioso conhecido como "ransomware" e decidiu deslocar-se a uma esquadra, pensando que o aviso era verdadeiro.
Exemplo de um dos alertas emitidos pelo programa malicioso DR
Um jovem norte-americano de 21 anos entregou-se à polícia depois de ter recebido no seu computador um aviso sobre pornografia infantil, que parecia ter sido enviado pelo FBI. O alerta era falso, mas Jay Matthew Riley acabou mesmo por ser detido.
As investigações ainda estão a decorrer, mas a polícia do condado de Prince William (na área metropolitana de Washington, D.C.) explica o essencial no seu site: "A investigação revelou que o acusado veio à esquadra de Garfield, em Woodbridge, para perguntar se havia algum mandado em seu nome por posse de pornografia infantil. O acusado recebeu alegadamente um 'Aviso do FBI' no seu computador enquanto via pornografia infantil em casa", lê-se no comunicado.
Os agentes inspeccionaram o seu computador e encontraram "várias mensagens impróprias e fotografias de raparigas menores" – uma delas foi identificada como uma rapariga de 13 anos residente no estado do Minnesota.
Já com um mandado judicial, a polícia fez buscas à casa de Jay Matthew Riley e apreendeu "computadores e outros aparelhos electrónicos". O jovem foi acusado de três crimes: posse de pornografia infantil; uso de um aparelho de comunicações para instigar ofensas que envolvem crianças; e comportamento obsceno com menores. Está detido sem possibilidade de pagar caução.
As autoridades não revelaram o que terá motivado Riley a deslocar-se à polícia, mas confirmam que o aviso enviado para o seu computador é falso: "Constatou-se que a mensagem do FBI que o acusado recebeu era um vírus e não uma mensagem legítima", lê-se no comunicado da polícia do condado de Prince William.
"As circunstâncias [das acusações] não são normais", reconheceu o porta-voz da polícia, Jonathan Perok, em declarações ao The Washington Post.
Jay Matthew Riley terá sido vítima de "ransomware" – um tipo de programa informático malicioso que limita o acesso a um computador e exige um resgate para que a situação seja resolvida.
Neste caso, o jovem norte-americano foi confrontado com um alerta falso quando entrou num site de pornografia infantil. Segundo o aviso, o FBI tinha bloqueado o acesso ao seu computador, pelo que o jovem teria de pagar uma determinada quantia, cujo montante não foi revelado pelas autoridades.
Ao contrário de Jay Matthew Riley, "algumas pessoas decidem pagar a multa", disse o porta-voz da polícia do condado de Prince William.
Num relatório publicado em Setembro do ano passado, a empresa de segurança informática Symantec estimou que o "ransomware" gera cinco milhões de dólares por ano (mais de 3,7 milhões de euros).
É um crime informático que surgiu em força em meados da década de 2000 – principalmente na Rússia e em países vizinhos da Europa de Leste –, mas que se tem espalhado a outros países europeus e aos Estados Unidos. Afecta todo o tipo de utilizadores, independentemente de estarem a cometer algum tipo de crime e, na maioria dos casos, lança alertas sobre o uso de programas pirateados e visualização de pornografia infantil. Na maioria dos casos, a vítima é intimada a pagar uma quantia relativamente baixa – até 200 euros – através de um site de pagamentos online ou do envio de mensagens de texto de valor acrescentado.

Bombeiros: Sexo com algemas nem sempre resulta


Aumentam os pedidos de ajuda com brincadeiras sexuais menos bem sucedidas.


Nos últimos três anos, os bombeiros londrinos, receberam mais de 1300 pedidos de ajuda que envolviam pessoas presas durante jogos sexuais. Casais excêntricos foram resgatados pelos bombeiros 79 vezes, depois de terem ficado presos por algemas.
O que levou as equipas de bombeiros de Londres, a emitir um aviso: "Se usar algemas, mantenha as chaves à mão", depois de terem notado um aumento desnecessário de pedidos de ajuda.
O bombeiro Dave Brown disse "eu não sei se é das 'Ciquenta sombras de Grey', mas o número de incidentes que envolvem itens como algemas aumentou. Tenho a certeza que quando as nossas equipas chegam, as pessoas ficam com cinquenta tons de vermelho".
Os bombeiros receberam também várias chamadas relativas a homens que ficaram com o pénis preso em aspiradores de pó e torradeiras.
Já no caso de crianças, os pais pediram ajuda 18 vezes, por os filhos terem ficado com a cabeça presa em penicos ou assentos sanitários.

Fonte

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Infidelidade à distância de um clique


Os sites de encontros entre pessoas comprometidas chegaram a Portugal. Prometem anonimato e uma multidão de interessados


Sou simpática, misteriosa, só se me descobrires te mostrarei os meus talentos". Assim se descreve a si própria a mulher que assina com a alcunha ‘Doce Mel' o seu perfil  na  versão portuguesa do site Second Love. O objectivo desta mulher - tal como dos cerca 17 mil utilizadores inscritos no site - é simples : procurar uma aventura amorosa, um caso sem compromissos entre pessoas que já estão numa relação.
Os homens podem inscrever--se gratuitamente e publicitar o seu perfil no Second Love, mas os que queiram responder ao repto de ‘Doce Mel' terão activar uma conta ‘premium'. Por 29,95 euros mensais podem falar com todas as mulheres que manifestaram no site a disponibilidade para um affair. Para as mulheres, o site é mais simpático - podem utilizar todas as funções gratuitamente.
A razão para esta ‘discriminação' é simples."Oferecemos estas condições às mulheres para estimular a sua inscrição no site", explica à Domingo Anabela Santos, porta-voz do Second Love em Portugal. Os números explicam esta campanha - apenas 25% dos 17 mil utilizadores registados em território nacional são mulheres, um desequilíbrio comum aos outros países onde o serviço funciona. Os números do Second Love, que começou em Abril mas só passou a funcionar em pleno no dia 1 de Junho, mostram que a média de idades dos utilizadores anda pelo intervalo dos 35 aos 45 anos, e que 70% têm (ou pelo menos dizem ter) um curso superior.

Traição sem ruptura
Aqui não há espaço para enganos. "O site está vocacionado para pessoas que estejam numa relação e que querem ter um caso com outra pessoa sem que isso implique saírem da relação existente", explica a porta-voz. O Second Love, que começou na Holanda, promove os contactos, mas cabe a cada um decidir quando e como se vai encontrar com alguém que conheceu através da plataforma virtual. Os resultados têm sido promissores: "O feedback que nos chega dos utilizadores é muito positivo. Há encontros a acontecer. A adesão superou largamente as nossas expectativas", diz Anabela Santos.
Concorrência
Para já, o Second Love está sozinho no mercado português, mas os rivais preparam-se para entrar em jogo. Em Espanha, o site de origem canadiana Ashley Madison tem sido um grande sucesso. Sobretudo depois do último fim-de-semana, em que a empresa conseguiu a proeza de passar um anúncio televisivo no intervalo de um dos eventos mais vistos no país vizinho: o Grande Prémio da Europa de Fórmula 1, disputado em Valência. "O anúncio passou  no domingo e na segunda-feira seguinte batemos todos os recordes. Registámos 73 mil novas inscrições em 24 horas", conta Christoph Kraemer, administrador do site em Espanha. Há anos que o site luta para passar um anúncio em prime-time na TV americana, mas sem sucesso.
Fundado em 2001 no Canadá, o portal conta já com 10 milhões de utilizadores em todo o Mundo. O fundador e director do Ashley Madison conta à Domingo que os portugueses são um dos próximos alvos. "Estamos agora a lançar o serviço no Brasil e contamos chegar a Portugal no próximo Outono. O sucesso que temos tido em Espanha, onde temos já 120 mil utilizadores registados, leva-nos a crer que vamos ter bons resultados", conta Noel Biderman.
O empresário canadiano foi pioneiro na criação de sites de encontros especialmente vocacionados para gente comprometida. "A ideia surgiu de uma conversa com uma jornalista. Em 2001 falava-se muito da bolha especulativa da internet, mas havia a noção de que a net tinha mudado para sempre pelo menos três coisas: a forma como ouvimos música, a maneira como vemos filmes e vídeos e os métodos que usamos para conhecermos pessoas". E foi este último aspecto que interessou Noel:  "Percebi que já havia muitos sites de encontros, muitos deles frequentados por pessoas comprometidas, mas não existia nenhum que fosse claramente dirigido a quem só quer ter uma aventura, sem sair da sua relação". O nome da empresa nasceu da constatação de que Ashley e Madison são os nomes mais escolhidos para bebés na América. O slogan é curto e incisivo : ‘Life is short, have an affair' (‘A vida é curta, tenha um caso'). Aos 39 anos, Noel é hoje um homem rico e com vontade de expandir o negócio. Sem pruridos morais. "Eu não quero convencer ninguém a ser infiel. Essa é uma ideia que nasce de cada pessoa. O que eu ofereço é uma plataforma segura e discreta onde as pessoas se podem encontrar. Nunca ouvi ninguém culpar um hotel ou uma empresa de telecomunicações por facilitarem o adultério".

Da Escandinávia para sul
Também no próximo Outono chega a Portugal um terceiro site dedicado a promover encontros "entre adultos que queiram ter uma relação fugaz". É assim que o norueguês Sigurd Vidal explica a missão do site Victoria Milan, nome escolhido "porque pode ser pronunciado por pessoas de todas as línguas".
Criado em Abril de 2008 na Noruega, Suécia e Dinamarca, o portal tem centenas de milhares de utilizadores em vários países. Em Espanha, onde o serviço começou em 2008, são mais de 40 mil. Portugal é o próximo destino: "Estamos a formar a equipa, porque queremos ter alguém do país à frente das nossas delegações", explica Sigurd, de 39 anos.
Tal como a concorrência, o Victoria Milan aposta na troca de contactos entre quem tem vontade de arriscar. Mas estar num sítio onde qualquer pessoa pode pesquisar quem está disposto a trair o parceiro ou parceira (sejam hetero ou homossexuais) obriga a cuidados redobrados. O mentor do site  deixa uma recomendação: "Criem uma conta de e-mail nova e um nome de utilizador que não seja reconhecido facilmente". Porque a traição é um dos mais antigos pecados da humanidade, mas a ira também... 

Ataca mãe com ácido por causa de ‘bruxo’


Adriana Domingos, 21 anos, terá sido influenciada a culpar a mãe pela sua vida errante


Terá sido por influência de um suposto bruxo que Adriana Domingos, jovem de 21 anos, atacou a mãe com um ácido - provocando-lhe queimaduras graves em 60 por cento do corpo, anteontem a meio da tarde, em Peniche.
Nos últimos tempos a jovem, que não tem qualquer ocupação profissional, tinha atitudes que os familiares não conseguem explicar: "Ela telefonava à minha mãe a ameaçá-la e a dizer-lhe que a culpa dos seus problemas era dela", conta ao CM um irmão, Pedro Domingos, adiantando que Adriana terá ido consultar um bruxo, que culpava a mãe, Rosa Domingos, de 57 anos, pelos infortúnios da sua vida.
Adriana Domingos fugiu logo depois do ataque e dirigiu-se à praça de táxis da cidade, situada a poucos metros. Entrou no táxi de José Tomé e pediu para ir para as Caldas da Rainha, mas enquanto o taxista punha o motor a trabalhar disse que afinal ia para a estação de autocarros. A viagem foi muito rápida - "apenas dois minutos" - e não trocou qualquer palavra com o taxista.
"Ela entrou no táxi aflita", contou ontem José Tomé ao CM, adiantando que achou o comportamento "estranho", mas só mais tarde é que percebeu quem era aquela passageira. Adriana usava uma blusa fina que também foi atingida pelo ácido. Para evitar ficar ferida, despiu a blusa e quando saiu do táxi usava apenas o soutien e umas calças de licra. A PSP de Peniche investiga e procura localizar a agressora, cujo paradeiro era desconhecido à hora de fecho desta edição.

PJ deteve suspeito de abuso sexual de menor em Vidigueira


Rádio Pax - 25/07/2013 - 17:50
PJ deteve suspeito de abuso sexual de menor em Vidigueira
A Directoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ) identificou e deteve ontem um homem pela presumível prática do crime de abuso sexual de menor. 
A PJ revela que “os factos ocorreram numa localidade do Baixo Alentejo, desde data indeterminada, mas que se situa entre 2008 e 2009”.
Ao que a Rádio Pax apurou, o indivíduo é professor num estabelecimento de Ensino na zona de Cuba e residente em Vidigueira. O caso terá ocorrido quando o menor era seu aluno.

Segundo a PJ “o arguido mantinha contactos sexuais e correspondência de cariz sexual com um menor actualmente com 14 anos de idade”.

O detido, de 43 anos, foi ouvido no Tribunal de Cuba, saiu em liberdade mas impedido de se aproximar da vítima.

Populares impedem prostituição com recurso a retroescavadora


Um grupo de populares de Vila Nova de Anha, em Viana do Castelo, obstruiu esta quarta-feira o acesso a vários locais utilizados para a prática de prostituição naquela freguesia, recorrendo a uma retroescavadora.

Esta ação, que mobilizou várias dezenas de pessoas convocadas através das redes sociais e por «passa a palavra», decorreu entre as 19:00 e as 20:30, com os populares a obstruírem o acesso a vários locais, no pinhal junto à estrada nacional 13-3, utilizados para a prática de prostituição.

O acesso foi bloqueado através de uma retroescavadora, com a colocação de terra, ramos, arbustos e pedras, de forma a acabarem com o que dizem ser «um flagelo» na freguesia de Vila Nova de Anha, a poucos minutos de distância da cidade de Viana do Castelo.

Durante o tempo em que decorreu o protesto, conforme a agência Lusa constatou, não foram vistos elementos das autoridades policiais no local, nem os populares aceitaram prestar declarações por temerem represálias.

Já o presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Anha compareceu na zona onde decorreu esta ação, afirmando compreender a atitude dos populares.

«Obviamente que não é uma atitude nossa, da autarquia, mas compreendemos perfeitamente o sentimento das pessoas, que é também o meu. Estamos há quatro anos a participar este pandemónio às autoridades sem o resultado que esperávamos», lamentou à Lusa Rui Matos.

A obstrução do acesso a estes locais já tinha sido ponderada pela autarquia de Vila Nova de Anha, mas não chegou a avançar por serem terrenos privados, explicou o autarca.

A prostituição de rua na chamada «reta de Anha», que liga as freguesias de Darque e Vila Nova de Anha, é conhecida há vários anos e estará a aumentar nos últimos meses, com relatos de dezenas de mulheres a prostituírem-se, todos os dias, naquela zona.

O acesso à galardoada praia do Rodanho, junto ao pinhal, e a uma escola, na freguesia de Darque, são as maiores preocupações dos populares face à atividade de prostituição que se ali se desenrola, conta a Lusa.

Uma menina de 11 anos que conseguiu escapar de um casamento combinado pelos seus pais divulgou um vídeo onde denuncia esta prática envolvendo crianças no Iémen.


A jovem Nada al-Ahdal tinha dez anos quando um iemenita expatriado na Arábia Saudita pediu-a em casamento. Os pais aceitaram a quantia paga e o matrimónio foi agendado.
Mas com a ajuda do tio, a menina conseguiu «escapar do destino» e protagonizou um vídeo, divulgado no Youtube, onde dá conta de suicídios infantis na sequência dos casamentos forçados.
Nada também apresentou queixa contra a mãe junto da polícia.
«É verdade que fugi da minha família. Não consigo mais viver com eles. Chega. Quero ir viver com o meu tio», diz a noiva em fuga.
«Então e a inocência da infância? O que fizeram estas crianças de mal? Porque é que lhes arranjam casamentos desta maneira?», comenta.
«Eu consegui resolver o meu problema, mas algumas crianças inocentes não conseguem resolver o problema delas. E elas podem morrer, cometer suicídio, ou o que quer que lhes venha à cabeça. Elas são apenas crianças, o que é que elas sabem?».
«Não tiveram tempo para estudar nem nada. A culpa não é nossa. Pode acontecer a qualquer criança».
«Há muitos casos assim. Algumas crianças atiraram-se ao mar. E agora estão mortas. Isto não é normal para crianças», sublinha a menina.
Nada al-Ahdal diz que preferia morrer a casar.

Ver o video:

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Guardava vídeos de sexo com bebés


José Pedro Loureiro, de 42 anos, foi condenado por ter seis mil ficheiros de pornografia de menores no

Tinha no seu computador mais de seis mil ficheiros de crianças, a grande maioria ainda bebés de poucos meses, despidas e a serem violadas. As imagens e os vídeos de pornografia de menores, que o homem de 42 anos descarregava da internet, eram verdadeiramente chocantes. José Pedro Loureiro foi condenado pelo Tribunal de Vila Nova de Gaia a três anos de prisão efetiva. Na aplicação da pena, o coletivo de juízes teve em conta o risco de reincidência do arguido, que trabalhava como segurança.
Em tribunal, segundo o acórdão consultado pelo CM, o homem admitiu parcialmente os factos, mantendo uma postura calma durante todo o julgamento. "O arguido nunca revelou ter interiorizado consciência da gravidade da conduta", lê-se no documento. José Pedro Loureiro negou, porém, ter intenção de divulgar as imagens de sexo com bebés a outros cidadãos – declarações que não convenceram os juízes.
Além do crime de pornografia de menores, o homem estava ainda acusado de abuso sexual de um jovem de 16 anos, que terá convidado para ir jogar consola a sua casa, em Avintes, Gaia. As declarações do menor, prestadas para memória futura, foram valorizadas pelo tribunal.
"Há necessidade de prevenção geral do arguido para acautelar o repúdio e o alarme social que os crimes desta natureza suscitam na comunidade", refere-se no acórdão. Os factos remontam a 2011. O arguido dedicou-se a descarregar e partilhar os ficheiros até agosto de 2012, quando foi apanhado em flagrante pela PJ do Porto

Fonte

Jovem violava menino


Criança, de 8 anos, estava a passar férias escolares em casa de idosa, que acolhe menores

Um jovem, de 21 anos, foi detido pela Polícia Judiciária do Porto por violar um menino, de apenas oito anos. O agressor reside na casa de uma idosa, de 82 anos, que acolhe crianças carenciadas há vários anos, em Vila Nova de Gaia. A vítima já esteve aos cuidados da mulher até aos cinco anos, passando agora apenas as férias escolares na residência. O suspeito foi ouvido em primeiro interrogatório, por um juiz de instrução criminal, e ficou em preventiva.
O caso foi denunciado à idosa por outros dois menores, de 12 e 14 anos. A mulher acolhe oito meninos atualmente. Os dois adolescentes também já tinham sido assediados pelo jovem, mas ficaram em silêncio. Recentemente descobriram que o menor de oito anos era forçado a atos sexuais e decidiram que tinham de tomar uma atitude.
As violações de que a criança era alvo ocorriam já desde o verão do ano passado, altura em que o menino passou também uma temporada na casa da idosa.
A mulher – que nunca se tinha apercebido de que o jovem de quem cuidava desde criança abusava do menino – apresentou imediatamente queixa às autoridades, tendo o violador sido detido pelos inspetores.

Norueguesa violada no Dubai condenada à prisão por sexo fora do casamento


Marte Dalelv, de 24 anos, fez queixa de colega de trabalho e acabou condenada por ter mantido relações sexuais fora do casamento. Caso está a gerar onda de protestos.
 
O caso de uma norueguesa que foi violada no Dubai durante uma viagem de trabalho está a gerar grande polémica, já que a mulher de 24 anos foi condenada a uma pena de prisão por ter mantido relações sexuais fora do casamento.
Marte Dalelv recorreu da sentença de 16 meses de prisão e conta, agora, com o apoio judicial do Governo da Noruega, adianta a BBC. “A sentença é contrária ao nosso sentido de Justiça. Daremos todo o apoio no processo de recurso”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês Espen Barth Eide, dizendo que este caso é um exemplo dos problemas que ainda persistem ao nível dos direitos humanos.
A decisão judicial foi tomada na quarta-feira mas só neste sábado foi conhecida. Para a pena de prisão, além de o tribunal dos Emirados Árabes referir as relações sexuais fora do casamento também contabilizou o consumo de álcool sem licença e falsas declarações.
Dalelv, uma decoradora de interiores, denunciou a violação em Março e diz que a polícia lhe confiscou o passaporte e a manteve detida durante quatro dias depois de ter apresentado queixa do incidente. De seguida, refugiou-se numa igreja norueguesa no Dubai com o seu país a conseguir que fosse mantida em liberdade condicional. Mas à NRK News disse que agora as autoridades do país determinaram a sua detenção imediata.
A Al-Jazira, que cita declarações de Marte Dalelv à AP, explica que a norueguesa terá sido violada por um colega de trabalho que também foi condenado por relações sexuais fora do casamento e consumo de álcool, ainda que a apenas 13 meses de prisão. Já à AFP, Dalelv declarou que a sentença é “muito dura” e que apesar de estar “muito nervosa e tensa” não vai abdicar de recorrer e que viverá “um dia de cada vez”.
O caso está a gerar uma onde de indignação e de solidariedade nas redes sociais, com as pessoas a deixarem mensagens de apoio a Dalelv e duras críticas ao Dubai e à cultura de um país que é cada vez mais procurado tanto para lazer como para trabalho e negócios, salienta a edição online da Al-Jazira. Muitas das reacções estão a ser deixadas numa página do Dubai dedicada ao turismo mas entretanto já foram criados alguns grupos como Release Marte e Release Marte Deborah Dalelv. Na rede social Twitter estão a ser partilhadas várias mensagens com as hashtags #ReleaseMarte e #FreeMarte.
Em reacção ao caso, o Centro dos Emirados para os Direiros Humanos, com sede em Londres, também condenou a decisão, dizendo que é altura de pôr um ponto final na discriminação que é feita contra as mulheres naqueles países e com protecção legal. Isto porque a legislação apenas permite que a condenação por violação aconteça quando o acusado confessa a autoria do crime ou quando quatro homens testemunham a favor da mulher. Aliás, mesmo as demonstrações públicas de afecto entre casais têm custado algumas sentenças a turistas, em casos de um simples beijo na boca ou mesmo sexo na praia.
 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Ataca o marido à facada


Um único golpe perfurou o pulmão de Ivo Martins, 26 anos. Está internado em estado grave

Agredida brutalmente desde 2010, Sara, 21 anos, há muito que se queixava de violência doméstica aos familiares e amigos. Anteontem à noite, em Camarate, Loures, depois de mais uma discussão com Ivo Martins, a mulher pegou numa faca de cozinha e desferiu uma facada nas costas do homem de 26 anos. O golpe perfurou-lhe um pulmão. Está internado na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Santa Maria e a agressora foi detida pela PSP.
Na altura da detenção estava em casa um bebé de 14 meses, filho do casal, que, segundo os vizinhos, não parava de chorar com a discussão e com a agressão com a faca. Segundo o CM apurou, junto de fonte policial, o casal estava já referenciado por violência doméstica, nomeadamente a mulher – que foi na maior parte das vezes a vítima.
Ainda segundo testemunhas, Ivo terá visto mensagens no telemóvel da mulher enviadas por um amigo de Sara. O agressor teve um ataque de ciúmes e agrediu a mulher, ameaçando-a com novo espancamento. Sara pegou numa faca de cozinha e deu uma facada nas costas do marido. Ontem, a avó da vítima disse ao CM temer que o neto não recupere do golpe profundo. "Ela queria matá-lo. Sei que eles discutiam muito, mas não era necessário uma coisa daquelas. Foi horrível. Ele caiu ao chão inanimado", concluiu a idosa.
LEIA MAIS NA EDIÇÃO EM PAPEL DO JORNAL 'CORREIO DA MANHÃ'

Sequestra e viola jovem


Ex-namorado ciumento invadiu casa a tiro e atacou vítima na cama em 4 horas de terror

O jovem empresário de 29 anos, residente no distrito de Viseu, nunca aceitou o fim do namoro. Consumido pelos ciúmes e pela raiva, depois de saber que a sua ex-namorada tinha uma nova relação amorosa, sequestrou-a quatro horas e meia, espancou-a e violou-a. Ontem, a PJ do Centro anunciou a detenção do suspeito.
A vítima, 30 anos, residente numa aldeia em Viseu, foi atacada na madrugada do dia 5. Estava na cama quando, à 01h30, o ex-namorado entrou no quarto de caçadeira em punho e fez dois disparos contra o colchão onde dormia a vítima, um deles próximo da zona onde esta estava deitada. Depois, agrediu-a violentamente a murro, insultou-a, amarrou-lhe as mãos com fita adesiva e violou-a na cama.
Após quatro horas e meia de terror, a mulher foi obrigada a acompanhá-lo de carro enquanto resolvia um assunto de trabalho. Eram 06h00 quando a deixou em casa.
Aterrorizada, pediu ajuda a familiares. Recebeu tratamento hospitalar devido a escoriações e hematomas no corpo e não voltou a conseguir dormir em casa. Dois dias depois, o suspeito voltou à residência e, furioso por não a encontrar, deu um tiro contra o frigorífico. A PJ acredita que a mulher corria perigo de ser morta. 

Deixado à solta assassina mulher


Juiz suspendeu pena a Adelino Águas por violência doméstica, em 2010. E o terror continuou em casa até segunda-feira: Josefina foi morta à catanada


Quando Adelino Águas começou finalmente a ser julgado no Tribunal de Loures, em 2010, por violência doméstica, Josefina Teixeira pensava que o seu pesadelo tinha chegado ao fim. Mas não. O maridou saiu em liberdade, com a pena de 18 meses suspensa – até que, na passada segunda-feira, a assassinou com golpes de catana na localidade do Catujal, em Loures.
Depois da pena suspensa aplicada pelos juízes, na sequência de queixas à polícia, que deram origem a uma acusação do Ministério Público, o agressor de 52 anos ficou em casa. Nunca foi detido nem sujeito a medidas de afastamento. E o cenário de violência manteve-se – Adelino Águas dormia com uma faca debaixo da almofada.
Da sentença fazia parte a obrigatoriedade de tratar o alcoolismo, o que não aconteceu. "A minha irmã continuou a ser agredida e sem esperança de vir a ser feliz. Mesmo assim, ainda o ajudava. Tinha pena dele. Na semana passada foi com ele ao hospital para tentar curá-lo do alcoolismo", recordou ao CM a irmã Felicidade, de lágrimas nos olhos.
Mas já em 2005 Josefina se queixava de maus-tratos, situação que levou o patrão a acompanhá-la à Associação de Apoio à Vítima. De nada valeu. A violência física e psicológica continuava em casa. Josefina Teixeira aguentava tudo pelos filhos, de 22, 28 e 30 anos. Contactados pelo CM, responsáveis da APAV recusaram comentar o caso.
"É terrível viver com a ideia de que não vou ver mais a minha irmã. Ela ajudava toda a gente. Os vizinhos adoravam-na. E não teve ajuda até ser morta. Quando sentia que estava em apuros ela falava logo comigo. Na segunda-feira não teve ninguém para se apoiar." Ontem ainda não se sabia quando ocorrerá o funeral, uma vez que o corpo ainda não tinha sido autopsiado. 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Familiares de jovem drusa cortam pénis ao seu marido


Os familiares de uma jovem drusa que se opunham ao seu casamento com um libanês sunita cortaram o pénis ao marido e arrancaram-lhe os dentes, referiram hoje os 'media' locais.
Rabih, 39 anos, e Roudeina, 20 anos, conheceram-se no Facebook e casaram-se perante um xeque no início de julho, mas sem a aceitação da família da jovem mulher, segundo referiu o diário Na Nahar.
Rabih é um sunita da região do Akkar, norte do Líbano, e Roudeina é uma drusa de Bayssour, uma localidade da região de Aley, nas montanhas libanesas.
Furiosos, os irmãos da jovem mulher, um deles soldado, terão montado uma armadilha a Rabih e atraíram-no a Bayssour sob o pretexto de uma reconciliação. No entanto, espancaram-no, arrancaram-lhe a maioria dos dentes e cortaram-lhe o pénis.
"Poderia ter sido morto se os habitantes da localidade não interviessem", referiu o diário, ao citar fontes dos serviços de segurança.
Os dois irmãos acabaram por escapar do local, enquanto Rabih foi transportado para o hospital. A sua família denunciou entretanto "um crime imperdoável e odioso".
Os casamentos entre drusos e não drusos são muito raros, e banidos por esta comunidade sobretudo presente no Líbano, Síria e Israel.
De uma forma geral, os casamentos inter-religiosos não são comuns no Líbano, país de 18 comunidades religiosas e que foi dilacerado por uma guerra civil entre 1975 e 1990.

Fonte

A nova vida de Liliana, a mãe a quem tiraram sete filhos

A mãe a quem tiraram sete filhos para adopção arranjou emprego e está a legalizar-se. Graças a uma onda de solidariedade, está agora confiante no recurso para a Relação, que visa recuperar as crianças.
Mais de um ano depois de o Tribunal de Sintra lhe ter retirado sete filhos, a cabo-verdiana conseguiu um emprego e está a meio do processo de legalização. Com a ajuda de anónimos que se organizaram para a apoiar, Liliana pode estar mais próxima de reaver a guarda dos menores.“Estou a lutar e não desisto de voltar a ter os meus filhos”, assegura Liliana Melo, que está há um mês a trabalhar como empregada doméstica em casa de uma família que ficou chocada com a sua situação e quis dar-lhe uma oportunidade. “Está tudo a correr muito bem no trabalho. Estou muito contente”, conta a mãe da Tapada das Mercês (Sintra), que ficou conhecida depois de o SOL noticiar em Janeiro que tinha perdido a guarda de sete dos seus dez filhos, depois de se recusar a laquear as trompas, incumprindo o acordo de promoção e protecção de menores que tinha assinado.
A história não passou despercebida a Pedro Leite Pereira, leitor assíduo do jornal, que no próprio dia criou um grupo no Facebook para ajudar Liliana. Em pouco tempo, juntou mais de três mil pessoas dispostas a apoiar. “A Liliana não vive da mendicidade e a ideia não é sustentá-la”, frisa Leite Pereira, explicando que rapidamente percebeu estar perante “uma família pobre, com grandes dificuldades, que merecia ter sido ajudada”.
E ajuda não tem faltado. Apesar de a grande maioria dos membros do grupo – que se intitulou ‘Mãe a quem foram retirados sete filhos por recusar a laqueação de trompas’ – não se conhecer pessoalmente, criou-se uma rede de “apoio moral e monetário”. Alguns dos que fazem parte do grupo já conheceram Liliana Melo, mas Pedro Leite Pereira e muitos dos cerca de 20 elementos mais activos apenas falaram com ela ao telefone.
Já pagou a renda com o salário
Não foram os únicos a ajudar. “Houve uma onda de solidariedade enorme. Muita gente ficou chocada e quis ajudar”, conta a advogada de Liliana, Paula Penha Gonçalves, que foi inundada com e-mails e telefonemas de gente disposta a apoiar a mãe a recuperar os filhos.
Até Liliana conseguir emprego, foram os membros do grupo do Facebook que se organizaram para a ajudar a pagar a renda da casa. “Mas em Julho já a pagou com o seu ordenado”, sublinha Pedro Leite Pereira, que está agora apostado em apoiar a emigrante a legalizar a sua situação no país para que possa beneficiar dos apoios da Segurança Social a que tem direito. “É bom que se saiba que a Segurança Social (ou seja, nós, contribuintes) dá 700 euros por criança aos centros de acolhimento. Por que razão não foi concedida metade dessa quantia a esta mãe, para que pudesse criar os filhos?” – questiona, explicando que é numa conta aberta pelo grupo do Facebook que se vai juntando dinheiro para pagar os passes de Liliana e das duas filhas que ainda estão com ela e “toda a papelada necessária para a legalização”.
Por estes dias, Liliana Melo divide-se entre o trabalho e as idas ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para se legalizar. O processo arrasta-se há três anos: “Falta sempre algum papel e muitas vezes não sabem explicar-me bem o que é preciso fazer. Mas estou a tratar de tudo”.
Enquanto isso, Liliana festeja outras vitórias: a filha de 11 anos que está à sua guarda teve nota positiva a todas as disciplinas. “Passou para o 7.º ano”, diz, orgulhosa e confiante de que isso ajude a mostrar que tem capacidades para criar os filhos que lhe tiraram.
O recurso para anular a decisão de entrega dos menores para a adopção subiu ao Tribunal da Relação na semana passada. “Ganhámos a questão relacionada com o prazo no Constitucional. A Relação vai agora apreciar não as questões formais, mas a matéria de facto”, adianta Paula Penha Gonçalves, que acredita que os progressos alcançados por Liliana podem ajudar.
margarida.davim@sol.pt

Agricultor abusa de jovem em hotel


Dizia que o adolescente era seu neto, mas uma funcionária de um hotel de Arouca encontrou preservativos e adereços sexuais no quarto de ambos


Duas vezes por semana, o agricultor abastado de Águeda hospedava-se num hotel de Arouca com um jovem de 16 anos que dizia ser seu neto. Na última vez, uma das empregadas encontrou preservativos e outros adereços sexuais no quarto partilhado por ambos. Deu o alerta às autoridades e o homem, de 71 anos, foi detido pela Polícia Judiciária. Os abusos ocorriam há cerca de quatro anos.
Vizinho da vítima, que conheceu numa feira agrícola, o homem era amigo da família e tinha já oferecido emprego ao companheiro da avó. Sabia das dificuldades económicas em que viviam e oferecia pequenas quantias de dinheiro ao jovem, em troca de favores sexuais. Chegou mesmo a comprar-lhe uma bicicleta no valor de centenas de euros e outras prendas, para o adolescente manter um nível de vida acima das posses.
Os abusos terão começado durante os passeios de automóvel que realizavam e, mais tarde, o agricultor passou a levar a vítima para hotéis, em várias cidades, onde consumava os atos.
O pedófilo tinha já antecedentes criminais por acusações da mesma natureza. Fora detido pela PJ de Coimbra, após abusos sexuais a um jovem de Cantanhede. A Judiciária procura, neste momento, indícios de outros abusos semelhantes cometidos com outras crianças. Está também indiciado por recurso à prostituição de menores.
O detido não foi ouvido no Tribunal de Instrução Criminal de Aveiro por falta de juiz de turno, devido às férias judiciais.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Leva 20 anos de prisão por matar mulher à paulada


Maria Teresa foi assassinada pelo marido a 15 de abril deste ano.

O Tribunal do Fundão condenou, esta segunda-feira, a 20 anos de prisão o homem que estava acusado de ter assassinado a mulher à paulada, a 15 de abril deste ano.
No final da sessão, a juíza que julgou o caso (não se trata de coletivo por ser um julgamento sumário) recordou ao arguido que a morte da mulher – Maria Teresa, 76 anos – fica "marcada" nas suas mãos e exortou-o a pensar sobre o valor da vida humana.
"A sua mulher morreu de forma trágica. Essa tragédia está marcada nas suas mãos. Se por ironia do destino, o senhor tiver vida longa e gozar de mais alguma liberdade, espero que perceba que o bem superior que é vida humana não está nas suas mãos", referiu a juíza.
Antes disso, durante uma leitura de sentença que se prolongou durante mais de hora e meia e na qual não foi lida a totalidade das 60 páginas do documento, a juíza foi dando como provada a maioria dos factos constantes na acusação.
"Por motivos não apurados, o arguido começou uma discussão com a vítima, depois dirigiu-se à sala, abeirou-se da vítima e lançou-lhe as mãos ao pescoço. Na sequência daquela agressão, a ofendida foi projetada ao solo. Enquanto ali permanecia, o arguido desferiu-lhe com um pau, pelo menos, três golpes na cabeça. Depois colocou-se sobre ela, partindo-lhe as costelas e voltou a agredi-la. A vítima ali ficou prostrada e sem vida", descreveu a juíza.
Como factos provados foi também referido que, a 15 de abril, já depois de matar a mulher, Manuel Ramalho Cunha, de 73 anos, se "enclausurou em casa" durante mais de quatro horas, nada fazendo para socorrer a vítima que, "não tendo morte imediata", "sofreu de forma brutal a iminência da mesma".
A "indiferença aos gritos de socorro", a "extrema violência empregue", a "repetição das agressões" e a "atitude distanciada" foram alguns dos pontos referidos para fundamentar a convicção da culpa.
Contra Manuel Ramalho jogaram ainda "o elevado grau de ilicitude, as consequências do ato, a concretização e execução do crime de forma bárbara, a utilização de um objeto contundente que provocasse mais dor e pânico, a indiferença mostrada pelos factos, a frieza e a hostilidade do arguido, bem como a postura de desculpabilização apresentada em tribunal", referiu a magistrada.
O tribunal teve em conta que o arguido "não confessou integralmente, apenas concedeu que os factos terão ocorrido".
Quanto às atenuantes, "o quadro da inimputabilidade foi frontalmente afastado", ainda que se assuma que o "comportamento aberrante" possa ter sido resultado do "quadro de paranoide obsessivas" diagnosticado a Manuel Ramalho.
A pena foi fixada em 20 anos de cadeia, a que acresce o pagamento de uma indemnização de 105 mil euros, a pagar em partes iguais aos dois filhos do casal.
No final, os familiares da vítima e do agressor, não contiveram as lágrimas pela perda que, como sublinhou o advogado destes, "é dupla e complexa". A defesa não prestou declarações, nem revelou se vai recorrer da sentença.

Paga 20 mil € para matarem ex-marido


PJ deteve mulher da vítima e dois homens, entre eles ‘Trancoso', com longa ficha criminal


Em guerra com o ex-marido, uma mulher, de 41 anos, elaborou um plano para conseguir ficar com todos os seus bens. Contratou dois homens, entre eles Ângelo ‘Trancoso’, de 73 anos, já com uma longa ficha criminal, para matar o ex-companheiro. Como recompensa, prometeu pagar-lhes 20 mil euros. O esquema acabou por ser descoberto e a Polícia Judiciária de Aveiro, através do Departamento de Investigação Criminal, deteve os três cúmplices. Estão indiciados por um crime de tentativa de homicídio.
Para que o crime fosse consumado a mulher até já tinha entregue parte do dinheiro acordado. Porém, dois dos suspeitos desentenderam-se e o plano foi por água abaixo. Os detidos foram ontem presentes a tribunal, mas à hora de fecho desta edição ainda não eram conhecidas as medidas de coação aplicadas.
Ângelo ‘Trancoso’ já é bem conhecido das autoridades. O homem, que reside na zona de Trancoso, integrou o Movimento Democrático para a Libertação de Portugal (MDLP), uma organização clandestina de extrema-direita fundada poucos meses depois do 25 de Abril de 1974. Fez também parte de uma rede bombista.
‘Trancoso’ foi, aliás, informador de alguns elementos da Judiciária nos anos 80, comportamento esse que foi tido como negativo na instituição, uma vez que, em 1977, o homem foi apanhado e condenado por tráfico de armas. Mais tarde, em 1984 e 1994, respetivamente, foi detido por tentativa de homicídio e associação criminosa.
Nesta investigação da PJ, Ângelo ‘Trancoso’ foi apanhado com uma arma 6.35 mm. O outro suspeito, de 51 anos, que reside em Ovar, já chegou a manter uma relação com a mulher que queria matar o ex-marido

Irmãs abusadas pelo padrasto


Crimes dentro de casa duravam desde 2011, quando as duas crianças tinham 9 e 10 anos

Joana e Maria – nomes fictícios – viveram dois anos de terror dentro da própria casa, na zona de Lisboa. Desde 2011, altura em que as duas irmãs tinham apenas 9 e 10 anos, respetivamente, que eram frequentemente abusadas sexualmente pelo padrasto – o homem de 36 anos aproveitou-se da relação que mantinha com a mãe das vítimas. Com livre acesso às menores, em casa, o pedófilo passava vários momentos a sós com as duas meninas.
O predador sexual ameaçava as duas crianças sempre que cometia os atos. Com recurso a chantagem, o homem conseguiu calar as irmãs e continuar os abusos. Aterrorizadas com os atos a que eram sujeitas e com as ameaças de que eram alvo, as crianças guardaram segredo durante dois anos.
Com o apoio uma da outra conseguiram esconder da mãe o drama que viveram entre 2011 e a última semana. Quando, recentemente, a progenitora descobriu o que se passava dentro da sua própria casa ficou em choque. No último fim de semana, a secção de combate aos crimes sexuais da Polícia Judiciária de Lisboa prendeu o predador sexual, que, ontem, presente ao juiz em primeiro interrogatório judicial, ficou a aguardar o julgamento por abusos em prisão preventiva.

Batia na mulher e apontava arma


Suspeito esperava ex-companheira junto ao local de trabalho para a insultar e amedrontar. Ontem foi levado pela GNR a tribunal, mas acabou por ser solto.

Um homem, de 66 anos, foi ontem identificado durante uma busca domiciliária feita pela GNR, em São João da Madeira, por ter agredido e ameaçado com uma arma de fogo a ex-companheira, de 45 anos. Durante a busca foi apreendida a pistola utilizada nas ameaças e ainda 35 munições.
O suspeito começou a ameaçar a vítima há cerca de um ano, depois de esta ter terminado o relacionamento que ambos mantinham há vários meses. O homem não aceitou o final do namoro e começou a perseguir a mulher, tendo mesmo chegado a agredi-la numa ocasião.
Durante vários meses, deslocou-se ao local de trabalho da vítima, no centro da cidade de São João da Madeira, para a ameaçar e injuriar perante os colegas e o patrão. Há algumas semanas, o homem terá mesmo apontado uma arma de fogo ao carro onde a ex-companheira seguia, impedindo a vítima de sair da viatura para ir trabalhar. Foi nessa altura que a mulher decidiu apresentar queixa na GNR de São João da Madeira.
Apesar de o homem ter licença de posse de arma, os militares da GNR decidiram apreender a pistola como medida preventiva. O agressor é visto pelas as autoridades como sendo um indivíduo perigoso.
O suspeito, que não tem antecedentes criminais, foi ontem ao início da tarde interrogado no Tribunal Judicial de São João da Madeira, mas acabou por ser libertado e ficou com a medida de coação de termo de identidade e residência.

Barbeiro pedófilo apanha três anos


António Correia, 65 anos, abusou sexualmente de jovem, de 13, quando aquela estava com avó a limpar-lhe a casa. Tem de pagar 6 mil euros à vítima

A menina, de 13 anos, deslocava-se frequentemente à casa do barbeiro, de 65, onde a avó era empregada de limpeza. Sempre que estava sozinho com a menina, António Correia apalpava-
-a e dava-lhe beijos em várias partes do corpo. Uma vez chegaram mesmo a manter relações sexuais. Ontem, o Tribunal de Águeda condenou o pedófilo, que não tinha antecedentes criminais, a três anos de prisão efetiva.
Para aplicar a pena, o coletivo de juízes teve em conta a confissão do barbeiro. Em audiência, admitiu todos os factos descritos na acusação e intitulou-se como "totó", porque pensou que a menina gostava dele e, por isso, garantiu que se sentiu enganado. Na decisão do juiz-presidente pesou ainda a "descrição fria dos acontecimentos" e "a falta de arrependimento" do arguido – que foi condenado por um crime de abuso sexual de menores na forma continuada e outro de atos sexuais com adolescentes.
"A suspensão da pena não seria suficiente. O tribunal não acreditou na ingenuidade do arguido, mas sim na falta de arrependimento. Na pena suspensa poderia reincidir", disse o magistrado na leitura do acórdão.
Além da pena de prisão, o homem, que irá continuar em liberdade até o acórdão transitar em julgado, terá ainda de pagar uma indemnização de seis mil euros à família da menor. A advogada do arguido não anunciou se vai recorrer. O crime remonta a 2011, altura em que a avó começou a trabalhar na casa do arguido. A cópula sexual aconteceu em julho de 2012.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Em busca do pai Tuga

Para ver aqui!

Parlamento da Irlanda aprova alteração histórica à lei do aborto

É um conjunto limitado de mudanças, incluindo o risco de suicídio como motivo para a interrupção da gravidez. Mas provocou danos irreparáveis no Governo.
As discussões no Parlamento têm sido acompanhadas por manifestações nas ruas Cathal McNaughton/Reuters
O Parlamento da Irlanda aprovou na madrugada desta sexta-feira uma alteração histórica à lei do aborto, para permitir a interrupção da gravidez num número muito limitado de situações, incluindo o risco de suicídio da grávida.
A proposta em causa – a Lei da Protecção da Vida Durante a Gravidez de 2013 – recolheu o apoio da maioria dos deputados (127 contra 31), mas a sua discussão provocou danos irreparáveis no Governo e suscitou posições extremadas na sociedade, como é hábito no país quando este tema é discutido.
A ministra responsável pelos assuntos europeus, Lucinda Creighton, tem sido uma das vozes mais activas contra a aprovação das alterações à lei, enfrentando a direcção do seu próprio partido e o primeiro-ministro. O seu voto contra valeu-lhe a expulsão do partido e deverá agora sair Governo, devido à quebra da disciplina de voto.
"A legislação pode ser reversível, mas as consequências da legislação não são reversíveis. Vão mudar a cultura deste país", declarou a ministra durante as discussões no Dáil, a câmara baixa do Parlamento irlandês, que se arrastaram por mais de 24, repartidas por duas sessões. Até à madrugada de quinta-feira, os deputados apenas tinham discutido e votado 11 das 166 emendas propostas, pelo que a sessão foi retomada ao fim da tarde de ontem.
Para além da minoria de direita que votou contra porque considera que as alterações são muito radicais, há também uma outra minoria que votou contra porque pretende ir mais além. Na esquerda parlamentar, um grupo de deputados independentes lembrou que o aborto vai continuar a ser crime. "O aborto vai continuar a ser crime de acordo com esta lei, com a ameaça de uma sentença de 14 anos [de cadeia] para as mulheres e para os seus médicos – incluindo mulheres que tomem pílulas para abortar. Em conjunto com a nova exigência feita aos médicos e aos hospitais para que justifiquem as suas decisões para o fim de uma gravidez, isto vai colocar pressão sobre os médicos para adiarem os procedimentos até que não possa haver nenhuma dúvida de que a vida da mulher está em risco – e nessa altura pode já ser tarde de mais", disse Joan Collins, da Esquerda Unida.
Uma das emendas mais contestadas pelos activistas anti-aborto é a que diz respeito à possibilidade de interrupção da gravidez no caso de haver risco de suicídio da mulher. Esta alteração vai ao encontro de uma decisão do Supremo Tribunal irlandês de 1992, que nunca chegou a ser posta em lei. Nesse ano, o Supremo decidiu que uma adolescente de 14 anos de idade, vítima de violação, tinha o direito a interromper a gravidez devido a riscos para a sua vida, incluindo a possibilidade de suicídio. Nos últimos 21 anos, desde essa decisão do Supremo, o Governo do Fine Gael, liderado por Enda Kelly, foi o primeiro a tentar a aprovação de uma nova lei sobre o aborto.
A lei actual tem levado a vários casos de indecisão entre os médicos do país, que receiam poder vir a ser julgados e condenados. Segundo a nova proposta de lei, a decisão sobre o que constitui risco de vida para a mulher fica a cargo de um painel de três médicos, que terão de chegar a um veredicto unânime.
Apesar de introduzir alterações consideradas mínimas pelos padrões de outros países da União Europeia, as emendas à lei do aborto na República da Irlanda são vistas como uma afronta à Igreja Católica local e têm suscitado reacções extremadas pelos defensores da lei actual contra o primeiro-ministro, do Fine Gael, um partido essencialmente cristão, de centro-direita.
"Já fui rotulado de assassino, já me disseram que vou ter na minha consciência a morte de 20 milhões de bebés. Já me enviaram fetos de plástico, cartas escritas com sangue. (...) Quero dizer com clareza que todas as pessoas neste país têm o direito de manifestar a sua opinião, mas a minha função como taoiseach [chefe do Governo da República da Irlanda] é governar para o povo do nosso país. E isso não se limita a nenhum sector do povo. Tenho orgulho em estar aqui como representante público, como um taoiseach que por acaso é católico, mas que não é um taoiseach católico. Sou o taoiseach de todas as pessoas, é essa a minha função", declarou Enda Kenny na câmara baixa do Parlamento, em defesa da aprovação das alterações à lei do aborto.
A questão do aborto voltou a ser amplamente discutida no país após o caso de Savita Halappanavar, a dentista indiana que morreu no dia 28 de Outubro, uma semana depois de ter dado entrada no hospital com fortes dores nas costas. Vista por um médico, foi-lhe dito que não seria possível levar a gravidez até ao fim, mas disseram-lhe que nada podiam fazer enquanto houvesse batimento cardíaco. O seu estado de saúde agravou-se nas horas seguintes. Tinha vómitos e febre. Desmaiou quando se levantou para ir à casa de banho. Preocupados, os médicos retiraram-lhe sangue para análise, mas só fizeram o aborto ao terceiro dia, depois de confirmarem que o coração do feto parara. Savita saiu consciente do bloco operatório, mas horas depois seria transferida para a unidade de cuidados intensivos, onde acabaria por morrer três dias depois. A autópsia revelou que não resistira a uma septicémia.
Depois de garantida a aprovação na câmara baixa do Parlamento, a nova lei seguirá para a câmara alta, o Seanad, onde também deverá ser aprovada. A etapa final será a promulgação pelo Presidente da Irlanda, Michael Daniel Higgins. O Governo pretende que a nova lei entre em vigor antes da paragem dos trabalhos do Parlamento para férias, no dia 18 de Julho.

Empresário dá 18 facadas na mulher


Dulce Vitorino, de 42 anos, estava ontem em estado crítico. Filhos menores viram tudo


O desvio de dinheiro na empresa Vitorinos, na Terrugem, em Sintra, levou a várias discussões entre o casal de empresários que detém e gere um stand de automóveis e uma drogaria. Na madrugada de ontem, uma troca de acusações entre Luís Vitorino e a mulher, Dulce, levou o homem a pegar numa faca de cozinha e dar 18 facadas na mulher. Tudo à frente dos filhos de 13 e 15 anos.
A vítima de 42 anos foi transportada ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde foi submetida a uma intervenção cirúrgica, sobretudo devido a um golpe que levou no pescoço. De resto, foi esfaqueada em várias partes do corpo. O seu estado de saúde era ontem à noite reservado – estava em perigo de vida.
"Eram 03h00 da manhã quando nos apercebemos de que o alarme de casa deles estava a tocar e não parava. A minha mulher ligou para casa dos vizinhos e ninguém atendia. Depois ouvimos as crianças a gritar pela avó", contou ao CM um vizinho, que acrescentou nunca se ter apercebido de discussões dentro da casa daquele casal. O empresário, de 46 anos, já foi detido pela GNR. Quando começou a receber telefonemas apenas respondia: "Já resolvi o assunto". Referia-se ao ataque brutal contra a própria mulher. Hoje vai ser presente ao tribunal de Sintra.
Os filhos ficaram em choque ao ver a mãe ensanguentada e com dores. Foram eles que acionaram o alarme para poderem salvar a mãe. O caso já está a ser investigado pela PJ de Lisboa.

Fonte:

Mãe divulga fotografias de bebé com 19 semanas de gestação


Recém-nascido viveu apenas alguns minutos. Fotografias estão a ser partilhadas por todo o mundo


Lexi Oliver Fretz, norte-americana, foi mãe de um recém-nascido com 19 semanas de gestação. O bebé não sobreviveu mais do que alguns minutos, mas as fotografias que a mãe partilhou no seu blogue pessoal já se tornaram virais.

A mãe, referindo-se ele como o «milagre do filho perfeito», de Indiana, EUA, mostrou ao mundo o recém-nascido.

Na página pessoal de Lexi, onde descreveu toda a história deste parto, pode ler-se que a mulher, grávida de 19 semanas, se apercebeu e telefonou ao obstetra. Entrou em trabalho de parto.

«Às 21.42 horas nasceu e deram-mo enquanto cortavam o cordão umbilical. Era perfeito. Estava totalmente formado, conseguia ver o coração a bater no pequeno peito», escreveu a mãe no blogue.

Com a publicação das fotografias, Lexi refere ainda que não pretende fama, querendo apenas divulgar ao mundo como, às 19 semanas, uma criança está perfeitamente formada. De acordo com a norte-americana, o objetivo é divulgação da formação do corpo quando, em muitos países, se fazes abortos legais.

As fotografias, que podem ser chocantes, estão disponíveis para consulta no blogue pessoal de Lexi.

Sexo é fonte de juventude


Estudo britânico vem incentivar idosos a ter vida sexual ativa.


O segredo da juventude está em ter uma vida sexual ativa. Quem o diz é David Weeks, um psicólogo clínico britânico, que passou vários anos a investigar os benefícios que o sexo pode trazer aos casais idosos e de meia-idade.
Enquanto fonte de juventude, o sexo permite que as pessoas mais velhas não só se sintam mais jovens como aparentem sê-lo. “A minha mensagem é que fazer amor é bom”, disse David Weeks, citado pelo site ‘The Telegraph’.
Fazer sexo duas ou mais vezes por semana também reduz o risco de doenças cardiovasculares em 50%.
“Quando as pessoas pensam no envelhecimento são tomadas por estereótipos negativos, mitos, e estes factores geram sentimentos proibitivos irracionais que tornam as experiências sexuais menos satisfatórias para ambos os parceiros numa relação”, explicou o psicólogo.
A conclusão deste estudo foi apresentada numa conferência anual da Faculdade de Psicologia de Pessoas Idosas, em Inglaterra, organizada pela Sociedade Britânica de Psicologia (BPS – sigla em inglês).

Se a moda pega...

Namorado infiel obrigado a segurar cartaz a admitir traição

Aconteceu nos EUA. A namorada pediu que o homem recolhesse 500 assinaturas para reatarem a relação


Depois de saber que o namorado a tinha traído, uma norte-americana obrigou o homem a expor a infidelidade num cartaz em pleno centro comercial.

O acontecimento ocorreu em Hanover, Maryland, depois da traição de uma relação de três anos. O homem teve ainda que recolher 500 assinaturas como prova do arrependimento.

A jovem, identificada como Brunetteness na rede social «Reddit.com», fotografou o acontecimento e publicou no site. No cartaz pode ler-se: «Traí a minha incrível, perfeita e maravilhosa namorada de 3 anos. Este é o meu castigo».

A fotografia original já foi reproduzida mais de 960 mil vezes.

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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Eles foram abusados pela própria mãe


Para além de abusar dos seus filhos gémeos, Jill Dudley também permitia que os seus amigos o fizessem

Quem vê a fotografia de Jill Dudley com os seus bebés ao colo, crê na imagem da típica mãe e dona de casa da classe média dos anos 60. Quem vê as fotografias de Alex e Marcus em criança, crê que estes gémeos, hoje com 49 anos, tiveram uma infância muito feliz em Sussex, Inglaterra. Contudo, nem tudo foi como as imagens aparentam.

Três semanas depois do nascimento dos gémeos, o pai dos bebés, John Lewis, morreu num acidente de carro, deixando Jill como uma jovem viúva. Depois disso, e quando aquela jovem parecia ser a mãe mais atenciosa com os seus filhos, a inglesa começou a abusar sexualmente dos dois rapazes.

“Eu gostava de pensar que a nossa mãe nos amava e que nos queria proteger, mas que tipo de mãe abusa sexualmente dos seus próprios filhos?”, questiona Alex, acrescentando em declarações ao ‘Daily Mail’ que “seria fácil dizer que ela era um monstro ou que tinha problemas mentais, mas não é assim tão simples. Poderíamos colocar-lhe qualquer rótulo, e não seria suficiente”.

Para além de ter abusado dos seus filhos, Jill chegou a deixá-los em Londres com uns amigos que também abusaram dos rapazes.

Agora, Alex e Marcus lançam um livro, ‘Tell Me Who I Am’ onde contam a sua história, que nunca teria sido contada se não fosse a perda de memória que Alex sofreu após um acidente de mota, quando tinha 18 anos.

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Pobreza não pode ditar adopção

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) é claro: «O papel das autoridades de protecção social é ajudar as pessoas em dificuldades» e evitar que os filhos possam ser retirados aos pais por situações de carência económica. «Trata-se de uma medida extrema, que só pode ser aplicada aos casos mais graves».A posição do Tribunal é assumida numa sentença de 18 de Junho passado, que condenou Espanha a indemnizar uma mãe a quem foi retirada e dada para adopção uma filha de três anos. Mas a mensagem dos juízes serve para todos os países que adoptaram a Convenção Internacional dos Direitos do Homem, que estabelece no artigo 8.º «o direito ao respeito da sua vida privada e familiar» e que faz com que os Estados tenham «a obrigação positiva de adoptar medidas para facilitar o regresso à vida familiar».
E foi precisamente aí que as autoridades espanholas falharam, quando em Agosto de 2005 uma mãe se dirigiu, com a filha de três anos ao colo, aos serviços sociais de uma câmara da Andaluzia, pedindo «trabalho, alimentos e alojamento». No mesmo dia, a comissão de protecção de menores foi chamada a intervir e a menor foi levada para uma instituição.
Carência económica foi único motivo para retirar menor
Com trabalhos esporádicos na agricultura e a viver na quinta de uma avó, juntamente com outros familiares, a mãe estava numa situação «de indigência», que fez com que os serviços sociais considerassem que não tinha condições para cuidar da filha. O desespero de ver a criança ser-lhe retirada dos braços fez com que tivesse uma reacção que foi considerada «violenta» e «agressiva» e que viria a servir de fundamento para impedir as visitas ao centro de acolhimento para onde foi levada a menor.
Dois anos depois, a menina foi colocada numa família de acolhimento, que acabaria por a adoptar, apesar de durante mais de sete anos a mãe ter lutado nos tribunais pela guarda da filha.
O TEDH considera que em todo o processo houve «inércia da administração» e dos tribunais, que nunca tiveram em conta o facto de a mãe ter entretanto melhorado as suas condições de vida, arranjando trabalho em França. A sentença diz mesmo que «a constatação inicial de abandono foi mecanicamente reproduzida» ao longo do processo, sem que fosse feito qualquer esforço para avaliar a evolução da família.
O Tribunal entendeu que as alegações sobre o estado mental da mãe nunca foram devidamente sustentadas em relatórios, sendo as carências económicas o único motivo para a retirada da menor.
A decisão do TEDH não vai, contudo, resolver a situação. Sem poderes para reverter a adopção, tudo o que Tribunal Europeu pôde fazer foi obrigar o Estado espanhol a indemnizar a mãe, pagando-lhe 30 mil euros. A criança tem agora 11 anos e está integrada na sua nova família.
790 bebés retirados aos pais em Portugal, em 2012
Em Portugal, em 2012, havia 8.557 menores em regimes de acolhimento, segundo o relatório da Segurança Social CASA, que faz a caracterização anual da situação de acolhimento das crianças e jovens. Os dados mostram que, nesse ano, foram retiradas aos pais 790 bebés entre os 0 e os três anos.
Três deles foram os mais novos dos sete filhos retirados a Liliana Melo em Julho de 2012: entre os menores retirados a esta mãe que recusou a laquear as trompas, estavam um bebé de seis meses, dois gémeos com dois anos e uma criança de três.
J.M. foi outro destes casos. Nem chegou a sair da maternidade. «Disseram que o meu filho estava em risco social», conta ao SOL Helga Aveleira, que há um ano luta para recuperar o filho mais novo, sem entender por que motivo não lhe foi aplicada a mesma medida de promoção e protecção junto da família a que estão sujeitos os irmãos de cinco e três anos. «Se tenho condições para cuidar deles, porque é que não posso ficar com o irmão?».
Segundo um despacho do Ministério Público (MP), que pede ao Tribunal de Menores a entrega do menor para adopção, «a progenitora padece de patologia de personalidade», que não é especificada, e o pai «revela-se imaturo». O facto de dois dos três irmãos mais velhos de J.M. – filhos de duas anteriores relações de Helga – «encontrarem-se institucionalizados» são outra razão apontada pelo MP para justificar a adopção como um melhor projecto de vida para o menor.
Mas a história contada por Helga é muito diferente. «Não escondo que temos muitas dificuldades e que tive problemas com os meus filhos mais velhos, mas há muito amor nesta casa e temos feito muito esforço para melhorar a nossa vida». Com uma relação estável com Hugo – pai dos três filhos mais novos –, Helga tem lutado para ter uma vida melhor, mas não encontra apoios.
‘O meu erro foi pedir ajuda’
«Dizem que falto às visitas do meu filho, mas eu moro em Mira Sintra e ele está no Estoril. Em transportes públicos, demoro mais de uma hora só para chegar lá». Helga tem ainda de compatibilizar o rígido horário da instituição que acolhe J.M. com o curso de Turismo que está a tirar no Instituto de Emprego e Formação Profissional. «Como faltei muito às aulas, tiraram-me a bolsa», lamenta, explicando que isso tornou ainda mais complicadas as contas da família, agora que o marido, que trabalhava no Exército, foi despedido. «Mas nós não baixamos os braços. Fazemos bolos e salgados para vender para fora. Não falta comida em casa», garante.
Se J.M. for dado para adopção, será o segundo filho que Helga perde. «Em 2003, estava grávida quando procurei ajuda na escola dos meus filhos». Era vítima de violência doméstica, o então marido estava envolvido em negócios duvidosos e o filho mais velho, então com oito anos, começava a dar sinais de ser problemático. «O meu erro foi ir pedir ajuda. A partir daí, a minha vida ficou um inferno», lamenta, explicando que a filha que teve há dez anos acabou por ser também retida na maternidade.
Para sobreviver, Helga trabalhou em restaurantes, lares de idosos, nas limpezas e até fez vindimas. Com os filhos mais velhos numa instituição no Porto, a filha nas Caldas da Rainha e ela e o companheiro a viverem em Samora Correia, manter as visitas tornou-se cada vez mais difícil. «E a minha menina foi dada para adopção», resume, com a voz triste e as lágrimas nos olhos.
Segundo os dados da Segurança Social, a retirada para adopção é, contudo, das medidas menos aplicadas. Em 2.590 crianças sinalizadas em 2012, apenas 44 foram entregues para adopção. Os números mostram também que 58% dos menores entre os 0 e os três anos que estiveram institucionalizados acabaram por regressar à família em menos de um ano – o que, segundo o próprio relatório CASA, «leva a questionar as razões de se ter optado pela separação da sua família, ao invés de se desenvolver uma intervenção integrada de preservação familiar».
Apesar dos esforços do SOL, que durante meses procurou esclarecimentos sobre o caso de Helga junto da Procuradoria-Geral da República, da Segurança Social, da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e do Tribunal de Sintra, não foi possível obter esclarecimentos destas entidades sobre o caso de Helga Aveleira e J.M, tendo todas invocado a especial confidencialidade que reveste os casos de protecção de menores.

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